Equipes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) estão em Itaporã, a 277 km de Campo Grande, para investigar denúncias de irregularidades no processo de licitação que foi feito para contratar uma agência de publicidade para prestar serviço ao município.
A Operação “Layout” cumpre seis mandados de busca e apreensão de documentos – um na casa do prefeito Wallas Gonçalves Milfont (PDT), um na sede da prefeitura, um na casa do ex-secretário de Cultura da cidade, Wagner Leite Fortes, dois em agências de publicidade em Dourados e o sexto na sede de uma dessas agências em Campo Grande.
Os promotores e policiais chegaram aos endereços por volta de 7h. Na prefeitura, servidores que estavam no Paço Municipal não puderam sair durante as buscas e quem não tinha chegado não conseguiu entrar para trabalhar até que o trabalho do Gaeco fosse concluído.
De acordo com o coordenador do Gaeco, promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, apenas mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. Uma pessoa foi levada para a delegacia da cidade, por ser encontrada com duas armas, mas o promotor não informou se ela tinha sido autuada em flagrante, já que teria registro do armamento, mas o documento estaria vencido.
De acordo com a assessoria do MPE (Ministério Público Estadual), os mandados de busca e apreensão de documentos foram expedidos pelo Poder Judiciário em Itaporã a pedido da Promotoria de Justiça daquela comarca.
Direcionamento – O Gaeco informou que a operação investiga suposta prática de improbidade administrativa, tendo em vista eventual direcionamento de licitação referente à contratação de agência de publicidade para a prestação de serviços de natureza contínua nos setores de publicidade, marketing e propaganda.
Nas buscas realizadas nesta quarta-feira foram apreendidos documentos referentes à execução dos contratos nº 263, 264 e 265/2014, relacionados à contratação da agência de publicidade, bem como outros documentos alusivos à prestação de serviços de publicidade. A documentação será anexada ao inquérito civil instaurado pela Promotoria de Justiça de Itaporã.
Participam da operação três promotores de Justiça, 20 policiais militares integrantes do Gaeco, dois integrantes do Daex (Departamento Especial de Apoio às Atividades de Execução) e um integrante do Centro de Pesquisa, Análise, Difusão e Segurança da Informação, órgãos do MPE que auxiliam nos trabalhos.
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