Após um mês de investigações sobre uma ossada humana achada na fossa de uma madeireira, em Campo Grande, a Polícia Civil tem indícios de que Marília Débora Caballero, de 21 anos, foi morta por mais de uma pessoa. Ao G1, o delegado Messias Pires, adjunto da 6ª Delegacia e responsável pelas investigações, disse que um caseiro pode ter ajudado a ocultar o cadáver na ocasião.
“Nós analisamos toda a dinâmica do crime e são fortes os indícios de que o autor tenha contado com a ajuda de mais uma pessoa. Temos dois nomes e estamos tentando localizar essas pessoas, que serão peça chave para apurar ao certo a responsabilidade dos envolvidos”, afirmou o delegado.
Neste período, o delegado diz que também não localizou as duas armas do empresário, com 48 anos na época, suspeito de matar a vítima em 2003.
“O filho dele prestou depoimento e disse que uma das armas sumiram e a outra foi entregue à Polícia Federal. Já se passaram mais de uma década, então estamos juntando as peças aos poucos”, comentou o delegado.
Nesta terça-feira (28), o delegado disse que pedirá um prazo maior para continuar com as investigações, já que ele aguarda o laudo necroscópico e o exame de DNA. “Os investigadores estão na rua neste momento para localizar o caseiro, já que consideramos a relevância do depoimento dele”, ressaltou o delegado.
Silicone
As próteses de silicone que estavam com a ossada, conforme a Polícia Civil, foram um presente do amante de Marília, desaparecida desde 2003. Em depoimento, uma mulher que teve um relacionamento com o suspeito em 2004 disse que também foi presenteada com silicone por ele, sendo que o homem pagou a mesma clínica e médica para realizar o procedimento, de acordo com o delegado.
Entenda o caso
A ossada humana foi encontrada enterrada na fossa de uma empresa, no bairro Taveirópolis. A Polícia Civil disse que os indícios eram de que o esqueleto estava soterrado há pelo menos 12 anos. No material encontrado havia próteses de silicone e uma calcinha, indicando a possibilidade de ser uma mulher.
Enquanto retirava areia da fossa, um funcionário da madeireira avistou os restos mortais. Os ossos estavam divididos em três sacos de ração de cachorro que tinham, na data de fabricação, o ano de 2003. Para o delegado, isso indica a antiguidade do soterramento.
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