O mês de outubro é o mês rosa, dedicado a prevenção do câncer de mama em todo o Brasil. E quando se fala de uma das doenças mais comuns entre as mulheres brasileiras, é melhor ficar atenta e se cuidar. De acordo com INCA (Instituto Nacional de Câncer), além dos exames frequentes de prevenção, amamentar é uma forma de prevenir o câncer de mama também.
Estudos apontam que para cada 12 meses de amamentação, a mãe reduz 4,3% do risco de desenvolver o câncer. O médico oncologista Ellias Magalhães explica que este tipo de câncer é desenvolvido de acordo com a exposição aos hormônios femininos que são produzidos em diferentes concentrações conforme o ciclo menstrual.
Quanto maior o número de ciclos, mais a mulher fica exposta e tem mais chances de desenvolver o câncer. "A amamentação é um período de contracepção natural, no qual a mulher tem o seu ciclo reprodutivo suprimido (mesmo assim, não confie que não vai engravidar só porque está amamentando, claro). Sendo assim, quanto maior o período de amamentação, menor será a chance de desenvolver a doença, já que a mulher deixa de sofrer as ações dos hormônios que podem causar o câncer de mama", explica o oncologista.
Outra hipótese do porquê de amamentar ser preventivo é que, durante a gestação e o aleitamento, o tecido mamário sofre alterações celulares que aumentam a funcionalidade da célula, o que, com o passar do tempo, poderia reduzir definitivamente o risco de desenvolver a doença. Sendo assim, mulheres que tiveram um maior número de gestações e/ou períodos de amamentação mais longos estariam mais protegidas.
Mas, mesmo para as grávidas, é indicado continuar com os exames preventivos, seguindo as mesmas regras de qualquer outra mulher. Caso tenha alguma suspeita, a mamografia pode ser indicada, sendo importante pedir uma proteção especial para o feto. O oncologista Ellias alerta ainda que, "No período de gestação, devido à alteração do tecido mamário, podem ocorrer formações de cistos, mastites, dentre outras coisas, que podem confundir o diagnóstico do câncer de mama. As pacientes devem estar atentas às alterações das mamas e se surgir dúvida deve comunicar ao médico".
O ideal é que anualmente ou a cada dois anos, a mulher realize o exame clínico feito por um ginecologista ou oncologista e também a mamografia. Os médicos enfatizam um acompanhamento anual para mulheres entre 40 e 75 anos.
Para as que correm risco maior de desenvolver a doença (mais de 20% de chance), é importante que, a partir dos 25 anos, já comecem um acompanhamento médico, realizando todos os exames necessário e complementares anualmente.
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