fonte: douradosagora
A ovinocultura que está em amplo crescimento no Estado é um dos destaques da 49ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Dourados (Expoagro). Várias raças estão em exibição no Parque de Exposição João Humberto de Carvalho. Os produtores desde segmento apresentam animais de corte, reprodução, cria e recria da melhor qualidade, e mostram as perspectivas e crescimento do ramo em Mato Grosso do Sul.
Júlio Cesar, da Cabanha Goiabeira, do distrito de Gassú em Dourados, trouxe para está edição 27 cabeças da raça Suffolk. O ovinocultor que passou este ano por duas Exposições Agropecuárias - Ponta Porã e Campo Grande – acredita que em Dourados os bons resultados das outras feiras no Estado, também vão se repetir na Expoagro.
“Em Ponta Porã, comercializei 98 fêmeas e 12 machos. Espero que em Dourados o bom resultado da feira na fronteira se repita. É um comércio que está crescendo e o momento é bom para investir”, ressaltou Júlio Cesar. Em amostra, ele trouxe animais que se encaixam na escolha da pessoa que quer começar na ovinocultura ou para quem deseja fazer novos investimentos e levar a raça para a propriedade.
“Tenho animais P.O (Puro de Origem) machos e fêmeas, assim como ovelhas cruzadas. A raça Suffolk, que trabalho há 15 anos, é uma raça rústica, precoce, resistente e de fácil manejo. Para quem ainda não tem todo o conhecimento de como ligar com esse tipo de animal é uma das melhores raças para começar. Ela é muito conhecida como ‘cabeça preta’ em todo o país”, explicou Júlio Cesar.
Outro ovinocultor que trouxe animais para exposição na Expoagro é Fábio Miranda Mori, da Cabanha do Vermeio, da cidade de Nova Andradina. O expositor já comercializou nos primeiros dias da feira internacional de Dourados, 20 cabeças da raça Texel. “A Expoagro tem um poder muito forte para divulgação e comercialização da raça. O animal que trabalho é de uma raça precoce e carcaça que chega ao abate rápido e agrada quem trabalha com a ovinocultura”, informou Fábio. A Texel, de origem holandesa, foi introduzida no Brasil há pouco mais de 40 anos, caracterizando-se pela produção de uma carcaça de boa qualidade.
Essas raças além de lanadas são também produtoras de carne. Uma forma de aproveitar o potencial produtivo das raças de carne, seria o cruzamento industrial com raças mistas ou produtoras de lã fina, visando a obtenção do efeito de heterose, que propicia a produção de cordeiros com boa velocidade de crescimento e carcaças superiores.
O cruzamento deve ser praticado apenas sobre uma parcela do rebanho, destinando-se ao abate todos os cruzados, machos e fêmeas. Raça inglesa, pertence ao mesmo grupo das “caras negras” e, da mesma forma, adaptou-se bem ao Brasil. Cabe salientar que a lã das raças “cara negra”, em geral, apresenta um menor valor econômico, em virtude da presença de fibras pigmentadas entremeadas no velo. Este aspecto não desmerece, porém, sua elevada capacidade para produzir carne de qualidade, sendo adequada para os cruzamentos industriais.
Além das raças Suffolk e Texel, várias outras também estão em exposição no evento como Dorper e Santa Inês. Quem quiser mais informações sobre estas duas raças, pode entrar em contato com Júlio César através do (67) 9972-4955 ou com Fábio (18) 9736-0551 ou ir até uma das baias de ovinocultura da Expoagro.
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