O Gaeco informou que não vai ouvir novas testemunhas e investigados da Coffee Break nesta semana. Com isso, aumentou o suspense em torno de possíveis prisões. A especulação é grande por conta do início da operação, quando o Gaeco deteve 13 pessoas, incluindo nove vereadores.
Após detenção provisória, muitos espalham boatos de que o Gaeco estaria preparando pedidos de prisões, o que não foi confirmado. Segundo Gaeco, por enquanto o trabalho será de análise dos depoimentos e definição dos próximos passos.
O Gaeco quer ouvir os depoimentos e identificar contradições que forcem novos interrogatórios. O promotor responsável pelo Gaeco, Marcos Alex Vera, adiantou que reconvocará alguns vereadores que apresentaram contradições nos primeiros depoimentos.
Coincidência ou não, o Gaeco parou as oitivas após interrogatório com o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e com a presidente do PMDB em Campo Grande, vereadora Carla Stephanini (PMDB). O PMDB sempre foi acusado por Alcides Bernal (PP) de ter armado um golpe para cassá-lo.
A previsão é de que os interrogatórios voltem na próxima semana. O Gaeco ainda não ouviu pessoas importantes, como o vice-prefeito Gilmar Olarte (PP) e Elza Amaral, secretária do empreiteiro João Amorim, suspeito de ser o financiador da possível compra de vereadores para cassar Bernal.
A Coffee Break investiga possível compra de voto, seja em dinheiro ou cargos, para cassação do mandato de Alcides Bernal. O Gaeco já ouviu, aproximadamente, 20 pessoas e faz perícia em 17 celulares apreendidos no primeiro dia de trabalho.
Foram apreendidos os telefones dos seguintes investigados: “Gilmar Olarte, Mario Cesar, Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Dr. Jamal (PR), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Carlão (PSB), Gilmar da Cruz (PRB), Edson Shimabukuro (PTB), Flávio César (PtdoB), Otávio Trad (PtdoB), Eduardo Romero (PtdoB), Alceu Bueno, João Amorim, João Baird e de Fábio Portela”.
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