Educação

Pesquisa revela que a saúde do trabalhador da educação de Dourados está em risco

do Dourados Agora

É crescente o número de servidores do setor educacional de Dourados que estão adquirindo doenças laborais dentro do ambiente de trabalho, o que coloca a saúde do magistério e do administrativo em risco devido à alta carga de trabalho. Para confirmar tais informações o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Simted) de Dourados realizou uma pesquisa com servidores das Unidades Escolares.

Desta forma, a premissa nessa discussão é a inexistência de um programa de prevenção nas unidades escolares, e mesmo com lei que estabelece, por exemplo, a capacitação de professores para o uso da voz, o governo municipal ainda não sancionou. Ocorre que, se o professor perder a voz ele perde seu instrumentos de trabalho.

O caso das cozinheiras que atuam em cozinhas que não oferecem estrutura física e utensílios adequados para o feitio da merenda, acarreta no aumento do número de readaptações. Em uma pesquisa realizada com 38 servidores do setor educacional evidenciou a primeira suspeita, a ausência de políticas de prevenção.

Outros fatores têm contribuído para o afastamento de profissionais da educação das unidades escolares, como a violência física, ou seja, os casos de agressões acontecem a todo o momento sem que se estabeleça um programa de prevenção junto à comunidade escolar, já que este tema envolve alunos, servidores e comunidade. Os dados coletados são alarmantes e pede uma ação imediata do poder público.

Ainda dentro do rol de situações que estão contribuindo para expansão do número de profissionais doentes está o assédio moral, caracterizado por qualquer tipo de perseguição no ambiente de trabalho e fora dele, e exercida por superiores ou de mesmo cargo.

Ocorre que o trabalhador passa mais tempo no trabalho do que com a família, e o estabelecimento de boas relações humanas evitaria boa parte das licenças que futuramente se transformam em readaptação do servidor, são várias as ocorrências que já foram relatadas e que são acompanhadas pelo SIMTED de Dourados, e o readaptado se torna uma vítima deste tipo de comportamento, já que muitas vezes é visto como uma pessoa que não quer trabalhar, mas que na verdade ela perdeu sua capacidade laboral devido às más condições de trabalho.

Esta pesquisa mesmo sendo realizada com apenas 38 servidores já revela algo sério e que ocorre há anos dentro das unidades escolares, e que com a aprovação da lei de readaptação trouxe prejuízos ao servidor. O governo municipal está tratando estas questões administrativamente, sem pensar em estancar a fonte causadora de tantos afastamentos. Já foi solicitado ao atual prefeito audiência para tratar do assunto já que o servidor público é o pilar de uma administração pública.

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