A Controladoria Geral da União (CGU), com apoio da Polícia Federal, desencadeou hoje a Operação Again, que investiga denúncias de fraudes em licitações no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS) e o Regional, em Campo Grande.
Os prejuízos aos cofres públicos podem ultrapassar a casa dos R$ 3,2 milhões do total de R$ 6 milhões em contratos. Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande (MS), Dourados (MS) e Belém (PA), com a participação de aproximadamente 100 policiais federais e 16 auditores da CGU. Dos investigados, dois tiveram decretada medida cautelar de uso de tornozeleira eletrônica.
Segundo a Controladoria, além do superfaturamento em licitações, os investigadores apuraram desvio de material adquirido para as unidades de saúde e produtos hospitalares com prazo de validade vencido e de qualidade aquém do prescrito no contrato. As fraudes, na maioria dos casos, ocorriam na aquisição de materiais para diagnóstico e terapia em tratamento de cardiopatias.
Conforme a CGU, há indícios de que os integrantes da organização criminosa desviavam os materiais hospitalares - comprados com a finalidade pública de atender à população - para serem utilizados em clínicas particulares.
O funcionários recebiam propinas das empresas mediante transferência de carros de luxo ou viagens. Conforme a polícia, o grupo também usava artimanhas para travar a fiscalização da Controladoria Geral da União.
O nome da Operação (Again = novamente) refere-se à prática que foi reproduzida de outro grupo investigado na Operação Sangue Frio que também investigou desvio de dinheiro púbico no Hospital Universitário, no ano de 2013.
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