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Foi concluído pela Polícia Civil nesta terça-feira, dia 1º, as investigações do homicídio de Viviane Rodrigues de Matos, 31 anos. A Polícia encontrou o corpo da garota de programa ainda em chamas no último dia 6 de setembro, na rua Cruz da Malta, no Jardim Veraneio em Campo Grande (MS). Amigas da vítima haviam levantado a hipótese de um namorado dela ser o autor.
De acordo com o delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Fábio Sampaio, o crime foi confessado pelo proprietário da boate Paraíso, localizada no Jardim Colúmbia onde Viviane trabalhava. Fernando Augusto dos Reis Guimarães, 24 anos, está preso e relatou que junto com José Carlos da Silva, 26 anos, conhecido como “Beto” matou Viviane degolada e ateou fogo no corpo. O partícipe no assassinato também está detido.
“O Fernando relatou a dinâmica do crime com riqueza de detalhes. Segundo ele, na noite de quinta-feira haviam muitas pessoas na boate e todos ingeriram grande quantidade de bebidas alcoólicas. Em dado momento a vítima teria subido no caixa da boate para dançar, tendo desobedecido a ordem de descida dada pelo dono da boate”, explica o delegado.
Descontente com a atitude de Viviane que teria quebrado duas garrafas de champanhe, Fernando combinou com “Beto” de dar uma surra nela, quando todos fossem embora. O dono da boate disse durante interrogatório que por volta de 3 horas da manhã de sexta-feira ele pagou a comissão de Viviane que foi dormir, em um dos quartos da boate.
“Foi aí que a execução do crime começou. O Fernando e o “Beto” entraram no quarto da Viviane e deram uma porretada na cabeça dela, que ficou desacordada e começou a sangrar. Os dois colocaram a vítima em um Corsa, cor branca e levaram até o local onde foi encontrado”, relata Sampaio.
Segundo o delegado no Jardim Veraneio os acusados para ter certeza que Viviane não sobreviveria, degolaram a vítima e atearam fogo no corpo. “Beto” teria ficado responsável por desaparecer com a bolsa de Viviane e a faca utilizada no crime.
Hoje os acusados levaram os policiais civis em um matagal próximo ao Jardim Veraneio e apontaram o local onde a faca e a bolsa da vítima foram dispensados. “Tivemos sorte, encontramos e apreendemos tudo”, comemora o delegado.
Outras provas como os vestígios de sangue encontrados no quarto da boate e no Carro em que o Viviane foi transportada foram fundamentais para que o delegado representasse pela prisão preventiva dos acusados.
“O carro tinha sido vendido para terceiros, nós conseguimos apreender e por sorte ainda não tinha sido lavado e tem visíveis marcas de sangue”, diz Sampaio que ainda solicitou exame com luminol que constatou a existência de vestígios de sangue no local.
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