A população já começa a sofrer com o desligamento, por falta pagamento à empresa Perkons, de radares e lombadas em Campo Grande. Na manhã desta terça-feira (26), os pedestres já tiveram problemas para atravessar ruas em que os motoristas ignoraram a faixa de pedestre.
Na Rua José Nogueira Vieira, em frente ao CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes, quem foi ao posto de saúde teve dificuldade em atravessar a rua. Há uma faixa de pedestres, que antecede a lombada. Com o aparelhos desligado e um aviso, os condutores passavam direto e não davam a preferência.
"Achei um absurdo isso. Quando cheguei no posto, o pessoal estava até comentando, que bem cedo, estavam passando em alta velocidade por aqui. Agora que já tem mais gente na rua, eles [os motoristas] estão diminuindo, mas mesmo assim é perigoso e não param para o pedestre passar", diz a dona de casa Silvana de Oliveira.
O autônomo Raul Vale é motorista, mas também não gostou dos desligamento. "Mesmo estando dentro do carro, a gente sabe que é perigoso e que fica complicado desse jeito. Os motoristas estão acostumados com os radares e diminuindo, mas, daqui a pouco, vão começar a abusar".
Esperando para atravessar a rua com o filho de dois anos, a manicure Rafaela Costa diz que não sabia o motivo do desligamento e que o trânsito vai ficar complicado na região. "Não podia acontecer isso. Nós que vamos pagar por um erro que não é nosso. É um perigo para quem vai atravessar a rua. Eles [motoristas] vão aproveitar agora". Os pagamentos de medições, que estariam pendentes desde agosto de 2015, fizeram com que a Perkons, empresa que presta serviços de gerenciamento eletrônico de trânsito à Prefeitura de Campo Grande, desligasse radares e lombadas eletrônicas nesta segunda-feira (25).
De acordo com a Perkons, o Município foi informado repetidas vezes ao longo dos últimos 11 meses, da importância da quitação das medições pendentes de pagamento. No dia 7 de julho, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) foi informada que, caso o pagamento não fosse feito em um prazo de 15 dias, a empresa faria o "desligamento dos equipamentos e a paralisação total da prestação dos serviços objeto do contrato em questão".
A Prefeitura de Campo Grande foi procurada pelo Jornal Midiamax na tarde da segunda-feira (25), mas até o momento não se posicionou sobre o caso.
Comentários