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População de Sidrolândia espera que chegada da Força Nacional reduza violência

A população de Sidrolândia - a 70 quilômetros de Campo Grande, apoia a presença da Força Nacional na cidade e espera queda na violência no município. Moradores apontam que o conflito entre indígenas e fazendeiros é o principal assunto e também a principal preocupação da cidade. Os homens da Força Nacional chegaram escoltados pela Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), por volta das 10h desta sexta-feira (7).

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cidade de Sidrolândia tem 44.949 mil habitantes. Para eles, a presença dos policiais traz sensação de segurança, após os conflitos. No dia 30 de maio o índio Oziel Gabriel, 32 anos, morreu durante tentativa de reintegração de posse na Fazenda Buriti e no dia 4 de junho, Josiel Gabriel Alves, 34, foi baleado nas costas.

Após o agravamento dos conflitos, o governador André Pucinelli (PMDB) entrou em contato com o Planalto requisitando a presença da Força Nacional para pacificar as relações entre índios e fazendeiros. Cerca de 110 homens e outros 100 da Polícia Federal de outros Estados vieram para MS. O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, chegou a vir pessoalmente verificar a situação.

Para Marta Alexandre, 29, moradora de Quebra Coco - distrito de Sidrolândia a Força Nacional vai ajudar a trazer tranquilidade. “A gente não se sente segura porque eles (índios) são muito agressivos. A Força Nacional vai ajudar a trazer mais tranquilidade para o povo do Sidrolândia e também dos distritos, como é o meu caso”, disse.

O funcionário público Gildemar Dantas de Medeiros, 32, que mora Sidrolândia, avalia que a pacificação é uma solução temporária. “ A Força Nacional não vai resolver os conflitos por terras, mas sim amenizar a situação. Tem que haver um consenso entre índios e fazendeiros, o que parece difícil. O que a Força vai fazer é inibir a ação dos dois lados e intermediar a situação. Assim, ninguém mais vai poder dar tiro um contra o outro. Apesar de tudo isso, os soldados são bem vindos”, declarou.

Alcenio Hensel, 56, autônomo, declarou que a presença da policia é ‘chateante’. “Não deveria acontecer agora e sim muito antes para que tivesse evitado as mortes, O próprio governo é o culpado por esse atraso. Se bem que no final das contas a Força Nacional pode trazer um pouco de paz e evitar novas mortes”, destacou.

Na opinião da aposentada Vanilde de Oliveira, 65, a presença da Força Nacional é desnecessária. “Eu discordo da presença desses homens aqui. Não precisa de tudo isso, eles (Força Nacional) vão colocar medo nas pessoas. Está acontecendo uma coisa muito menor do que estão falando. Eu não acho bom”, reclamou.

Já a adolescente Vanessa da Silva Britto, 17, que trabalha de baba, avalia que o que os índios fizeram é uma coisa bem errada. “Não custa nada sentar e conversar de forma civilizada. Índios, fazendeiros e justiça. A Força Nacional eu apoio. É muito boa a presença dele aqui porque nós vamos nos sentir mais seguros”, disse. Minamar Junior

Rosaria Aparecida Souza e Silva, 65, pensionista, declarou que estava mais que na hora do Governo tomar uma providência. “A Força Nacional está certa. Acho que o Governo tem que tomar uma providência para não ter mais brigas. A presença deles vai parar e acabar com esses conflitos”, avaliou.

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