O valor da cesta básica de março de 2017 comparado com o mês anterior apresentou alta de 11,74% em Dourados, constata a pesquisa realizada pelos acadêmicos do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (Face) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) realizada na última semana de março sob a coordenação do professor Enrique Duarte Romero.
Os produtos que compõem a cesta, conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de acordo com a Lei Nº 399 que estabelece o salário mínimo são açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão-francês e tomate.
Os preços da cesta básica de fevereiro de 2017 com estes produtos ficaram em R$ 322,72 o que significa 34,47% do salário mínimo que foi de R$ 937,00. No mês de março de 2017, o trabalhador douradense teve que destinar uma quantia bem maior a isso para a compra dos produtos componentes da cesta básica que foi de R$ 360,60, o que equivale a 38,48% do salário mínimo vigente.
Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, em Dourados, cinco apresentaram uma elevação de preços no mês de março. O produto que teve a maior elevação do mês foi o tomate com 195,60%. O produto tem um enorme peso sobre cesta e foi um dos fatores que explica o aumento expressivo no mês de março em Dourados. Os outros produtos que aumentaram de preços foram a batata com 50,90%; banana, 50,57%; café. 3,45% e com uma oscilação positiva do seu preço está também o leite com 2,62%.
Oito produtos que compõem a cesta básica diminuíram de preços em março. A margarina teve 8,99% de queda; feijão, 8,39%; óleo de soja 7,01%; o açúcar, 6,54%; trigo, 5,14%; arroz, 4,21% e o pão-francês, 0,23%.
Em Campo Grande, o preço da cesta foi de R$ 391,95, portanto, maior que a de Dourados. Desta vez, a cesta básica douradense superou aos preços praticados em quatro capitais estaduais do país: Recife, Aracajú, Salvador e Rio Branco. Apesar da elevação muito forte dos preços da cesta básica douradense ainda é competitivo se comparado em nível nacional.
A partir da Constituição Federal de 1988, o brasileiro deve trabalhar 220 horas mensais. No mês de fevereiro, o trabalhador douradense teve que despender 75 horas e 46 minutos para pagar pela alimentação básica. No mês seguinte, este mesmo trabalhador precisou de um tempo maior para comprar alimentos que foi de 84 horas e 40 minutos, isto representou uma queda do poder de compra do salário.
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