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Prefeita de Santa Luzia é indiciada por homicídio duplamente qualificado

A prefeita de Santa Luzia, Roseli Pimentel (PSB), foi indiciada nesta segunda-feira (11) pela Polícia Civil por homicídio duplamente qualificado de um jornalista da cidade e por dois crimes de peculato – que é desvio de dinheiro público.

Roseli Pimentel e outros três homens são investigados pela morte do jornalista Maurício Campos Rosa, do jornal "O Grito". Ele foi assassinado em 17 de agosto de 2016, em Santa Luzia. Ela está presa desde a última quinta-feira (7) no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte.

A prefeita foi indiciada por homícidio duplamente qualificado, por motivo torpe e emprego de recurso que impossilitou defesa da vítima. As investigações também apontam que houve uso de dinheiro da prefeitura para financiar o assassinato do jornalista.

De acordo com a Polícia Civil, três dias antes do crime, a prefeita estava sendo "fortemente chantageada pela vítima", mas o motivo da ameaça não é conhecido.

Roseli teve o mandato cassado cinco vezes e ainda estava no cargo por causa de liminar. Ela e o vice-prefeito, Fernando César de Almeida Nunes Rezende (PRB) são acusados de captação ou gasto ilícito de recursos financeiros na campanha eleitoral.

Outra condenação

Roseli já havia sido condenada em primeira instância por outra irregularidade. Neste ação, ela foi considerada culpada de ter determinado, por meio de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições.

Segundo a juíza eleitoral Arlete Aparecida da Silva Coura, houve abuso de poder político e econômico. Ela teria se aproveitado de sua influência política e dos recursos municipais para favorecer a sua candidatura. A prefeita é acusada de ter determinado, através de mensagens enviadas por celular, que diretores de escolas municipais influenciassem pais de alunos durante as eleições.

De acordo com a decisão judicial, "comentários compartilhados e as experiências narradas demonstram que as servidoras públicas em questão realizaram campanha eleitoral valendo-se dos cargos por elas exercidos na rede municipal de ensino".

A prefeita e o vice foram declarados inelegíveis por oito anos e ainda foram condenados a pagar multa de R$ 15 mil.

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