O ex-secretário Estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto (PR), prestou depoimento por pouco mais de uma hora no MPE (Ministério Público Estadual) à força-tarefa da Operação Lama Asfáltica e deixou o local às 9h desta sexta-feira (13). Ele foi preso na última terça-feira (10) e chegou a conseguir habeas corpus, mas retornou à prisão por ordem do desembargador Dorival Moreira dos Santos. A expectativa é que mais deponetes sejam ouvidos ainda hoje.

O empreiteiro João Amorim, proprietário da Proteco Engenharia, também está recluso temporariamente junto a outras sete pessoas. Todos estão envolvidos em esquema de desvio de verba pública. Segundo estimativa inicial do MPE o prejuízo mínimo é de R$ 2,9 milhões.

O montante foi usado para o pagamento de obras não executadas em estradas estaduais. Conforme assessoria do órgão, mais detalhes sobre a apuração não serão divulgados respeitando o sigilo, bem como a intimidade dos envolvidos.

Também estão encarcerados Maria Wilma Casanova Rosa, Rômulo Tadeu Menossi, Wilson Cabral Tavares e Wilson Roberto Mariano de Oliveira. A secretária de Amorim, Elza Cristina Araújo dos Santos cumpre prisão domiciliar por estar em gravidez de risco. Os mandados foram expedidos devido a força-tarefa, desdobramento da Operação Lama Asfáltica que no dia 9 de julho deste ano cumpriu busca e apreensão na casa de Giroto.

À época ele perdeu cargo de assessor especial no Ministério dos Transportes ao qual tomou posse meses antes. Mesmo depois que a investigação veio à tona o PR seguiu trabalhando com o nome de Giroto para disputar a Prefeitura de Campo Grande no ano que vem. Agora a executiva nacional da sigla decidiu destituí-lo da presidência regional, retornando a função ao ex-deputado estadual Londres Machado (PR).