Desde sexta-feira (05) a Câmara Municipal de Dourados foi ocupada em protesto por estudantes e líderes do Movimento Passe Livre, que estão no local para reivindicar melhorias e redução de preços no transporte público. Aproveitando os manifestos outros segmentos da sociedade também utilizam a ‘casa do povo’ para cobrar seus direitos, como o ‘Movimento Sem Teto’, enfermeiros e acadêmicos de enfermagem.
Em meio aos protestos as paredes externas do Legislativo são usadas como painel para fixação de cartazes e faixas com dizeres que vão desde a redução de tarifa de ônibus, moradia, violência contra mulher e reivindicações na área da Saúde.
As paredes são tão disputadas que o espaço lembra o ‘Muro das Lamentações’, local mais sagrado do judaísmo, usado pelos judeus e cristãos de todo mundo para depositar suas petições por escrito.
Alguns cartazes cobram moradia digna, carga horária de 30 horas de trabalho aos profissionais de enfermagem, ações contra violência contra mulher, além de melhorias no transporte público e passe livre à classe estudantil.
A ocupação na Câmara Municipal segue por tempo indeterminado e os manifestantes prometem deixar o local somente após presença do prefeito Murilo Zauith.
Muro das Lamentações
O Muro das Lamentações trata do único vestígio do antigo templo de Herodes, erguido por Herodes o Grande no lugar do Templo de Jerusalém inicial. Foi destruído por Tito no ano de 70. Muitos fieis judeus visitam o Muro para orar e depositar seus desejos. Antes da sua reabilitação por Israel, após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o local servia de depósito para incineração de lixo.
Os restos que hoje existem datam da época de Herodes o Grande, que mandou construir grandes muros de contenção em redor do Monte Moriá, ampliando a pequena esplanada sobre a qual foram edificados o Primeiro e o Segundo Templo de Jerusalém, formando o que hoje se designa como a Esplanada das Mesquitas.
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