Bullying

Psicóloga faz alerta para as ocorrências de bullying durante o período de ano letivo

O inicio do ano letivo pode ser para muitas crianças, jovens e adolescente motivo de grande alegria, porém há um vilão que se manifesta logo nos primeiros dias de aula, é o famoso bullying. A psicóloga Vanessa Figueiredo faz um alerta aos pais e à comunidade para os diversos efeitos prejudiciais das agressões.

Ela afirma que as vítimas do bullying geralmente são pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda. Vanessa também alerta que os efeitos das agressões podem se estender por toda vida da vítima, tendo forte probabilidade se tornarem adultos com sentimentos negativos e baixa auto-estima. Tendem a desenvolver problemas de relacionamento e comportamentos agressivos e em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.

"As pessoas que sofrem bullying chegam a apresentam altos índices de estresse que desencadeiam muitas doenças, como: dores de cabeça, tonturas, náuseas, ânsia de vômitos, dor no estômago, diarréia, enurese, sudorese, febre, taquicardia, tensão, dores musculares, excessos de sono ou insônia, pesadelos, perda ou aumento do apetite, dores generalizadas, dentre outros. Pois quando sofremos é no corpo que sentimos, e geralmente o maior alvo do bullying são crianças, essas reagem dessa maneira. Desenvolvendo assim um quadro psicossomático apresentado por essas crianças tendo como único agente os maus-tratos do bullying" disse a psicóloga.

Vanessa também ressalta que além da vítima e do agressor, um personagem importantíssimo no ambiente de terror vivido por aquele que sofre dos maus-tratos do bullying é o telespectador, aquele que não participa diretamente da agressão mas presencia e muitas vezes pode até servir de testemunha para as denúncias contra as agressões.

A profissional afirmou que alguns danos podem ser manifestos quando as agressões não são interrompidas, dentre eles estão à ansiedade, tensão, medo, raiva, irritabilidade, dificuldade de concentração, déficit de atenção, angústia, tristeza, desgosto, apatia, cansaço, insegurança, retraição, sensação de impotência e rejeição, sentimentos de abandono e de inferioridade, mágoa, oscilações do humor, desejo de vingança e pensamento suicidas, depressão, fobias e hiperatividade, entre outros.

"Precisamos identificar essas crianças e adolescentes que sofrem, encaminhar para acompanhamento psicológico para minimizar e reverter os danos. Para isso é necessário estar atento para as mudanças comportamentais da criança" concluiu Vanessa.

Para o delegado regional da Polícia Civil em Dourados, Dr. Lupércio Degerone Lúcio, a ação da polícia é voltada para a repreensão dos casos. Ele afirma que infelizmente não há ações de prevenção a serem realizadas por parte da Polícia Civil por conta da demanda de trabalho, porém ressalta que todo cidadão, seja criança, adolescente ou adulto pode procurar a delegacia para denuncia do caso.

O delegado também comentou que muitas vezes os casos de bullying não são repreendidos porque as próprias vítimas se intimidam e esse acaba sendo um dos desafios do trabalho policial contra as ações de bullying.

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