A população respondeu ao apelo e foi às ruas de Dourados na noite desta quinta-feira. Pelos cálculos do coronel Ari Carlos Barbosa, da Polícia Militar, cerca de 15 mil pessoas participam do ato.

Os manifestantes começaram a chegar na praça Antônio João por volta das 16h e aos poucos a multidão foi tomando conta do local. Eles tomaram a avenida Marcelino Pires às 18h e seguiram em marcha rumo a Câmara Municipal e shopping Avenida Center.

Antes de partir para a Câmara, a multidão cantou o hino nacional em frente a praça.

Alguns manifestantes chegaram a jogar bomba na rua, porém foram contidos pelos gritos "não à violência". O ato é pacífico e a polícia não registra nenhuma ocorrência.

Pessoas de várias idades somam força ao manifesto. A cantora e estudante de jornalismo Alice Fernandes, de 29 anos, é uma das integrantes do movimento. "Eu não imaginava que algum dia teria a oportunidade de participar de um momento tão importante como esse. Com tantos problemas que vemos por aí, temos que sair às ruas, temos que cobrar as autoridades", disse ela.

Érico Stefanello, de 67 anos, e a mulher Inês Stefanello, de 65 anos, já são experientes em movimentos populares. Na década de 80 o casal participou em Brasília do Diretas Já, ato civil de reivindicação por eleições presidenciais, e do movimento que pediu o impeachment do presidente Fernando collor.

"Somos brasileiros e lutamos pelo nosso país. Não aceitamos corrupção e injustiça", disse Inês. Érico disparou contra o governo de Dilma. "Tem muita corrupção nesse governo. Fazem CPI's que não dão em nada e quem paga o preço por tudo é a população", disse ele, ressaltando que o povo tem que sair às ruas para reivindicar seus direitos, por um Brasil melhor.

Muitas famílias participam do movimento, inclusive crianças de colo. No entanto, a grande parte dos manifestantes são estudantes.

Não há prazo para o encerramento do manifesto. Pela programação, de acordo com alguns manifestantes, o movimento retornará à praça para dar continuidade ao ato.

fonte: Dourados Agora