As empresas de Transporte Rodoviário que trabalham no transporte de grãos em Mato Grosso do Sul têm mais um fator a equacionar na hora de fazer as contas. O fim da colheita do milho safrinha 2015/2016, ficou 1/3 do abaixo do esperado pelas projeções da Aprosoja e teve impacto direto no valor do frete, que está 15% abaixo do valor praticado no mês de agosto.
Segundo o presidente do Setlog/MS, Cláudio Cavol, além da colheita ter ficado 33% abaixo do esperado, em torno de três milhões de toneladas a menos, o valor do frete ficou ainda mais baixo do que o praticado no final de safra.
"O valor do frete sempre cai em torno de 10% no final da colheita devido a menor oferta de produto e o maior número de caminhões graneleiros no mercado, mas a baixa no produtividade fez com que o frete caísse em 15%", explica Cavol.
Atualmente, o valor do frete está em R$ 131,25 a tonelada. Para se ter uma ideia, o transporte de um caminhão bi-trem de 37 toneladas de milho de Maracaju para Ponta Grossa, no Paraná, após deduzir todas as despesas com diesel, pedágio, motorista (diária, alimentação),impostos, tem um lucro de apenas R$ 307.
"Nos cálculos do frete, deveríamos também contabilizar o desgaste do veículo, mas muitos empresários do setor estão deixando de lado, por que há muita concorrência. Estamos praticamente pagando para trabalhar", explica.
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