O secretário municipal de Saúde de Dourados, Renato Vidigal, voltou a dizer, nesta quarta-feira (23), que a questão da Oncologia, com os problemas que essa área vem enfrentando nos últimos dias, não depende mais unicamente da Prefeitura para serem solucionados.
"Na verdade, nós, o Município, estamos só apagando incêndio, ‘fazendo o papel de bombeiro’, porque desde que a questão foi judicializada a saída passa pelo entendimento entre o CTCD (Centro de Tratamento do Câncer) e o HE (Hospital Evangélico)", afirmou o secretário, ao participar de entrevista ao vivo no Jornal da RIT.
Segundo o secretário, a opção por destinar 12 novos leitos, equipados com a estrutura suficiente para os casos de urgência e emergência, no Hospital da Vida, foi uma saída encontrada para tentar minimizar os efeitos da judicialização, já que a ACCGD (Associação de Combate ao Câncer da Grande Dourados) não se atentou para essa situação.
Renato Vidigal disse que a crise no setor de tratamento oncológico não é nova, não começou este ano. "Infelizmente, não vimos a atuação da Associação nos anos de 2015 e 2016, e agora, quando o juiz José Domingues, da 6ª. Vara, determinou que se fizesse a licitação para escolher com quem ficaria o serviço, à Prefeitura só cabe cumprir a ordem judicial", disse.
A definição pelo CTCD e o Hospital Cassems, como resultou a licitação, é vista pela Secretaria de Saúde como expectativa para o fim do processo de judicialização que passou a predominar depois que interesses de grupos inviabilizaram o atendimento oncológico. "Na Secretaria, trabalhamos com planejamento e estamos preparando o Sistema de Saúde para dar conta de uma população que em breve vai estar próximo dos 500 mil habitantes em Dourados", concluiu Vidigal.
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