Um segurança de 56 anos foi preso suspeito de estuprar, por diversas vezes, uma menina de 9 anos em Campo Grande. Ao G1, o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelas investigações, disse que o homem confessou parte dos abusos e a criança detalhou os "requintes de crueldade" na qual foi submetida.

A prisão foi feita na madrugada de terça-feira (28). Segundo Lauretto, a garota relatou, em depoimento, que era obrigada a assistir filmes pornográficos e repetir as cenas com o suspeito. Em uma das ocasiões, a menina teve as mãos e pés algemados, sendo abusada e posteriormente ameaçada com um revólver no pescoço.

“A menina comentou também que assistiu a um vídeo, no qual ele filmou o abuso contra uma criança de 5 anos. Porém nós ainda não encontramos esses DVD's e nem esse vídeo de pedofilia que a menina garantiu existir. Até o momento, o que foi apreendido é um coldre e 11 munições que estavam em posse do segurança”, ressaltou o delegado.

Conforme as investigações da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o segurança cometia os abusos no momento em que a avó da menina ia trabalhar. A mulher tem a guarda porque a criança teria sido vítima de maus-tratos, praticado pela própria mãe. Sobre o pai da menina, não há informações do seu paradeiro.

“Em seu depoimento, a avó diz que conhecia o segurança há um ano e oito meses, sendo que eles estavam juntos há cerca de seis meses. Quando a menina contou o que estava acontecendo, a mulher terminou o relacionamento com o segurança, mudou de endereço e pediu a transferência da criança de escola”, comentou o delegado.

Neste período, a polícia negociou com a diretoria da escola para informar sobre o destino da criança, assim que fosse feita a transferência.

“Ainda não localizamos a arma porque acreditamos que ele tenha se desfeito do objeto, assim que soube que poderia ser preso. Os policiais, no entanto, fizeram campana e o localizaram no bairro Nova Lima”, afirmou o delegado.

Sem antecedentes criminais, o segurança responderá por estupro de vulnerável, cuja pena de reclusão varia de 8 a 15 anos. Ele disse, no inquérito que tramita em segredo de Justiça, que 'passava a mão' nas partes íntimas da menina, porém não praticou sexo.

Denúncia

Anterior ao inquérito, o delegado diz que houve uma denúncia contando o fato no Disque 100. A pessoa falava o nome da criança e disse que ela vinha sendo abusada por duas crianças. A partir daí, eles iniciaram as buscas e prenderam o homem. Ele foi encaminhado ao presídio no final da tarde de terça-feira (28).