TEMPO INDETERMINADO

Sem contraproposta, greve nos Correios continua; em MS atinge 42 cidades

As cartas e encomendas em Mato Grosso do Sul e alguns estados devem continuar demorando para chegar às casas das pessoas. Tudo porque a greve dos servidores dos Correios ligados a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), que começou na última quarta-feira (20) continua sem data para acabar.

A entidade representa mais de 60 mil funcionários, dos 108 mil que a empresa tem. Segundo a Fentect, os Correios apenas apresentaram uma proposta de reajuste salarial na sexta-feira (22), depois que os funcionários entraram em greve.

No entanto, a negociação ocorreu apenas com a outra instituição, que não está em greve e representa mais de 50 mil funcionários, a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).

Além do sindicato de MS, mais 30 sindicatos são representados na negociação com a direção da empresa pelo Comando de Negociação da FENTECT, que protocolou a Pauta de Reivindicações do Acordo Coletivo no dia 25 de julho. Mas até hoje os sindicatos filiados à FENTECT não receberam proposta da empresa para o acordo.

De acordo com levantamento do sindicato, em MS a greve já atingiu 42 municípios: Água Clara, Amambai, Anastácio, Aquidauana, Batayporã, Bela Vista, Caarapó, Camapuã, Campo Grande, Coronel Sapucaia, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Dourados, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Guia Lopes, Iguatemi, Inocência, Itaporã, Itaquiraí, Ivinhema, Jardim, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nova Alvorada, Nova Andradina, Paranhos, Ponta Porã, Rio Brilhante, Rio Verde, Rochedo, São Gabriel, Selvíria, Sete Quedas, Sonora, Tacuru, Terenos, Três Lagoas e Laguna Carapã.

Parte desses municípios, cerca de 20, segundo a categoria, estão com o atendimento e distribuição totalmente parados e com as agências fechadas, enquanto nos demais a paralisação é parcial, mas comprometendo em maior ou menor grau tanto o atendimento quanto a distribuição. Algumas agências do interior estão abertas precariamente e com trabalhadores deslocados de outros municípios.

Os trabalhadores dos Correios reivindicam reajuste salarial de 8% e manutenção das cláusulas constantes no atual acordo,referentes ao Plano de Saúde, Ticket-Refeição, garantias à mulher, e outras questões constantes na pauta de reivindicações.

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