Água gelada, carne, frutas, verduras, higiene, iluminação e ventilação, são os principais pedidos dos alunos e funcionários da Escola Municipal Jacinto Matias Freire - extensão da Escola Municipal Leovegildo de Melo, localizada na MS-040, na região rural de Campo Grande.
Uma denúncia enviada por meio de uma carta, ao Jornal Midiamax, diz que há cerca de um mês o transformador da escola queimou e desde então, o local está sem energia elétrica e por este motivo, não há água gelada nos bebedouros, falta iluminação e ventilação nas salas de aula.
A carta revela, ainda, a falta de alimentos para compor o cardápio servido aos estudantes. De acordo com os relatos, a horta, de onde saia a complementação alimentar, se transformou em matagal. “A merenda é a base de arroz e feijão. Frutas nem pensar”, frisa.
Outra preocupação dos alunos e professores é quanto à higiene do local, pois não há ninguém responsável pela limpeza, que segundo as informações, é feita por professores e alunos voluntários. “Esse serviço é revezado pelos professores e alunos voluntários”, ressalta.
Conforme a denúncia, sem limpeza adequada, o local está infestado de morcegos que se abrigam no forro do teto da escola. “Fezes e urinas escorrem pelas paredes das salas de aula e se acomodam no quadro negro, com risco de alguma doença para as crianças que ali estudam. O cheiro é insuportável. A escola está abandonada e o poder público não faz nada. Lá as pessoas não são em primeiro lugar”, frisa em menção ao slogan utilizado pelo atual prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).
O diretor André Afonso Vilela, admite alguns dos problemas mencionados. Ela confessa que a escola está sem energia elétrica, mas garante ter informado a situação à Semed (Secretaria Municipal de Educação), que por sua vez, teria dito apenas que está resolvendo o caso, mas não passou nenhum prazo ao gestor da escola.
Sobre a alimentação, Vilela diz que o cardápio está completo. “A alimentação está sendo enviada conforme o costume. O lanche não tem nos faltado. Desde proteínas, arroz, feijão, farinha, frutas, verduras e carnes", assegura. Questionado mais uma vez sobre os alimentos, o diretor se contradiz.
“A carne até a semana passada nós tínhamos, para esta semana ainda não chegou. Estou esperando que chegue. É uma situação atípica, mas aquilo que a gente tem pedido, tem chego até nós. Foi dito que está sendo normalizado. Não é uma situação só na extensão, vários Ceinfs [Centros de Educação Infantil] passaram por isso”, declara.
Perguntado a respeito dos morcegos, o diretor diz que desconhece o problema. “É uma situação rural, mas o funcionário verificou o forro, colocou lona para inviabilizar a entrada de bichos. Está normal, eu pelo menos nunca via isso. Procuro toda a semana ir à extensão. Desconheço a situação. O que chega resolvemos de imediato, mas algumas questões não depende de nós”, justifica.
A Escola Municipal Jacinto Matias Freire - extensão da Escola Municipal Leovegildo de Melo atende 46 estudantes e conta com um quadro de 11 professores. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax, entrou em contato, por email, com a assessoria de comunicação da Prefeitura, para saber o posicionamento do município a respeito dos fatos relatados, mas até o fechamento deste texto não obteve retorno.
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