O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu hoje manter preso o senador Delcídio do Amaral, que está na sede da Superintência da Polícia Federal desde o dia 25 de novembro, há 23 dias. Preso no mesmo dia que Delcídio, o ex-controlador do Banco BTG Pactual André Esteves ganhou a liberdade.
O ministro avaliou que Esteves pode responder às acusações em liberdade por não ter participado da reunião em que o senador e o ex-advogado do ex-diretor Área Internacional da Petrobras Nestor Ceveró falaram sobre uma rota de fuga para Cerveró, para evitar que fizesse delação premiada na Operação Lava Jato. No caso de Delcídio, Zavascki entendeu que não houve mudanças no conjunto probatório que autorize a soltura do senador.
André Esteves e Delcídio do Amaral foram presos pela Polícia Federal (PF) no dia 25 de novembro, como parte da Operação Lava Jato. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o senador tentou obstruir as investigações e prometeu pagamento de R$ 50 mil mensais a Cerveró para evitar que ele firmasse acordo de colaboração com o Ministério Público Federal. O documento da PGR ainda diz que o senador ofereceu um plano de fuga ao ex-diretor e garantiu que poderia interferir em decisões do STF a favor de Cerveró. Segundo a PGR, André Esteves iria arcar com o valor prometido a Cerveró pelo senador.
No dia 7 deste mês, a PGR apresentou ao Supremo denúncia contra Delcídio e André Esteves pelo crime de impedir e embaraçar a investigação penal.
O STF autorizou esta semana que Delcídio fosse transferido da PF para um quartel da Polícia Militar, mas isso ainda não foi feito. (Com informações da Agência Brasil)
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