Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais, retornou à Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, a P1 feminina de Tremembé (SP), na tarde desta terça-feira (16) após a saída temporária de Dia dos Pais.
Ela deixou a unidade na última quinta-feira (11) beneficiada pela 'saidinha'. Ela e outras 40 presas do regime semiaberto que receberam o benefício na unidade deveriam voltar até às 18h desta terça-feira (16). Se não retornassem seriam consideradas foragidas e perderiam o direito às saída temporária.
Essa foi a terceira vez que Suzane deixa a prisão desde que passou ao regime semiaberto, em 2015 - essa foi a primeira vez no Dia dos Pais. Ela está presa em Tremembé desde 2006 e tem direito a cinco saídas no ano. Falso endereço No Dia das Mães ela também saiu, mas quase perdeu o benefício às saídas depois que foi flagrada pela reportagem do Fantástico em endereço diferente ao informado à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
Após a falta, ela foi reconduzida pela polícia antecipadamente ao presídio em Tremembé e deixada por dez dias em cela solitária. Uma sindicância foi aberta e o MP sugeriu que ela regredisse ao regime fechado, em que não é autorizada a saída temporária. No entanto, a juíza Suely Zeraik Armani entendeu que a detenta não agiu de má-fé e manteve Suzane no semiaberto.
Sigilo
A Justiça decretou recentemente sigilo ao processo de execução de pena de Suzane von Richthofen. A decisão atende um pedido foi feito pela detenta, por meio da Defensoria Pública. Conforme apurou o G1, o pedido partiu de Suzane e teve como argumento a considerada excessiva publicidade dada à vida dela pelos meios de comunicação e consequente transtornos causados pela situação. Na prática, a partir de agora, os órgãos envolvidos na execução da pena poderão se manifestar apenas em juízo sobre a presa.
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