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Unicamp descobre novas drogas sintéticas que podem matar usuários

O Laboratório de Toxicologia da Faculdade de Medicina (FCM) da Unicamp, em Campinas (SP), identificou novas drogas sintéticas após casos de intoxicação em jovens na região: o fentanil e a butilona. Em agosto deste ano, durante uma semana, seis pessoas de Campinas (SP), Sumaré (SP) e Indaiatuba (SP) deram entrada em pronto-socorros com suspeita de intoxicação por drogas.

Segundo o toxicologista do Centro de Intoxicação da Unicamp (CCI), Rafael Lanaro, apesar de terem consequências mais graves, as drogas aparecem disfarçadas em outras, como LSD e bala. Devido a isso, o jovem pode consumi-las sem saber.

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Pior que heroína De acordo com a forma que o fentanil é utilizado, o efeito pode ser 50 vezes maior que o da heroína. "É preocupante porque pode levar à depressão do centro respiratório e neurológico e, consequentemente, à parada cardiorrespiratória", explica Lanaro. Já a butilona, produzida em laboratório, tem efeito estimulante e alucinógeno. "Pode levar a um quadro de aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, estimulação elevada, convulsão e surto psicótico, além da morte. A interação dessas substâncias é uma incógnita, mas isso pode levar a um desfecho fatal".

A perita criminal, Sílvia Cazenave, explica que a utilização das substâncias pode ser explicada por aumento de lucro.

"Elas podem ser substituídas por vários motivos, um deles pode ser para aumento de lucro, porque a aquisição de uma substância nova pode ser mais fácil. Às vezes o traficante encontra algo com volume menor no uso e muitas vezes ela não é proibida, o que é melhor para a comercialização (...) Isso pode levar a uma intoxicação aguda, problemas crônicos de algo que se desconhece", explica. O CCI emitiu alertas para todos os pronto-socorros da região com os sintomas que o uso dessas drogas pode causar nos usuários.

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