O vereador Airton Saraiva (DEM) negou que vereadores estejam em pé de guerra por conta de possível condenação na Operação Coffee Break. A reportagem apurou que parlamentares teriam ficado insatisfeito com relatório do Gaeco e ameaçado prestar novo depoimento caso sejam condenados, mas Saraiva, que foi um dos líderes da cassação de Alcides Bernal (PP) negou.
Saraiva pondera que por enquanto não há nenhum desfecho sobre o caso, que ainda está em fase inicial, visto que ainda depende de aprovação do procurador-geral do Ministério Público Estadual e de aceitação do desembargador Luiz Claudio Bonassini, para depois começar a tramitar.
“Até agora é conversa do promotor. Do que ele acha. Ele que está falando e eu discordo de tudo o que ele está falando”, analisou. No entendimento de Saraiva, o promotor Marcos Alex Vera está se envolvendo em questões políticas, naturais no parlamento.
“Então ele vai ter que ir lá condenar a Dilma (presidente Dilma Rousseff-PT) e o Temer (vice-presidente Michel Temer-PMDB), que já estão fazendo reuniões políticas. Então coloca mordaça nas pessoas”, ironizou.
Saraiva afirma que os vereadores não fizeram nada de anormal e pede respeito com a Câmara. “É um poder e precisa ser respeitado. A Câmara é uma casa política. Como não vamos fazer política? Estão querendo dizer que a Câmara tem que ser amordaçada. Enquanto eu estiver no mandato, vou falar. Foi o povo que me conferiu o mandato nas urnas”, reclamou.
Sobre o relatório, criticou toda a construção, dizendo que 90% dele teve como base depoimentos de Bernal, dos vereadores Paulo Pedra (PDT) e Luiza Ribeiro (PPS), que hoje têm cargos na prefeitura, e de quem se beneficiou com o retorno do ex-prefeito, ganhando cargos.
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