O índice de desemprego no Brasil atingiu 12,6% no trimestre encerrado em fevereiro de 2018. Isso significa que 13,1 milhões de pessoas estão desempregadas no país. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da pesquisa Pnad Contínua.
A taxa de desemprego ficou maior do que a registrada no trimestre móvel encerrado em janeiro, de 12,2%, na segunda alta consecutiva após nove trimestres de queda. O índice, porém, ainda ficou abaixo do registrado em igual trimestre móvel do ano passado, de 13,2%.
O número de desocupados aumentou em 432 mil pessoas em relação ao trimestre encerrado em janeiro, quando 12,7 milhões de pessoas estavam sem emprego. Já ante igual trimestre de 2017, quando havia 13,5 milhões de desocupados, houve queda de 3,1% (menos 426 mil pessoas).
O índice de desemprego calculado pelo IBGE é uma média móvel trimestral, divulgada mensalmente. Isso significa que o resultado de fevereiro se refere ao período entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a alta da taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro, assim como a que ocorreu nos três meses terminados em janeiro, era esperada e pode ser explicada por questões sazonais.
"Sempre no primeiro trimestre do ano a taxa tende a subir, pois existe a dispensa dos trabalhadores temporários contratados para as festas de final de ano", explicou em nota.
De acordo com o IBGE, o número de pessoas ocupadas diminuiu em 858 mil pessoas (ou 0,9%) no trimestre móvel encerrado em fevereiro, na comparação com o trimestre anterior (de setembro a novembro de 2017), para 91,1 milhões. Ante igual trimestre de 2017, porém, houve alta de 1,7 milhão de pessoas.
A quantidade de empregados no setor privado com carteira assinada ficou praticamente estável em relação ao trimestre anterior (de setembro a novembro), em 33,1 milhões (menos 92 mil pessoas, ou queda de 0,3%). Esse nível, porém é o mais baixo de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O dado não considera os trabalhadores domésticos.
Já o número de empregados no setor privado sem carteira assinada diminuiu em 407 mil pessoas (ou 3,6%), para 10,8 milhões.
A quantidade de trabalhadores por conta própria ficou estável em 23,1 milhões na mesma comparação, assim como a dos domésticos, em 6,3 milhões. O número de empregados do setor público, incluindo militares, foi reduzido em 3,1%, para 11,2 milhões.
A população fora da força de trabalho também cresceu ao maior nível da série histórica do IBGE, para 64,9 milhões pessoas. O número representa um aumento de 537 mil pessoas (ou 0,8%) ante o trimestre móvel anterior (de setembro a novembro). São consideradas fora da força de trabalho aqueles que não têm emprego e nem estão em busca de um.
O rendimento médio real habitual do trabalhador ficou em R$ 2.186 no trimestre de dezembro de 2017 a fevereiro de 2018. Segundo o IBGE, o valor ficou estável frente ao observado no trimestre de setembro a novembro de 2017, de R$ 2.165, e também em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, de R$ 2.148.
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