O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (28/11), sustentado pela nova atuação do Banco Central no mercado cambial e pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americana), Jerome Powell, com indícios de que o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos pode ser mais suave.
A moeda dos EUA caiu 0,90%, cotada a R$ 3,8413. Na mínima do dia, foi a R$ 3,8323 e, na máxima, chegou a R$ 3,8881.
No acumulado no mês, o dólar acumula alta de 3,16%. No ano, o avanço é de 16,94%.
O mercado vinha esperando mais 5 altas de juros até o início de 2020, uma em dezembro, três no ano que vem e a derradeira no começo do ano seguinte.
Mas essa trajetória pode mudar, sobretudo se as previsões de desaceleração econômica global se confirmarem em meio à guerra comercial travada entre os Estados Unidos e outros parceiros, sobretudo a China.
Juros mais altos nos Estados Unidos têm potencial para atrair recursos aplicados em mercados emergentes.
Atuação do BC
Internamente, também influenciou o recuo do dólar ante o real a nova atuação do Banco Central no mercado de câmbio, com a segunda oferta de linha nesta semana - venda de dólares com compromisso de recompra.
Nesta quarta-feira, a autoridade monetária vendeu 1 bilhão de dólares, o dobro do comercializado na véspera, numa estratégia para dar liquidez ao mercado no final do ano, período em que tradicionalmente mais recursos são remetidos pelas empresas ao exterior.
O BC também vendeu nesta sessão 13,6 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 11,560 bilhões do total de US$ 12,217 bilhões que vence em dezembro.
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