Reajuste de 4,85% foi anunciado ontem pela Petrobrás, mas só chega nas bombas com novo estoque do combustível
O novo aumento anunciado na terça-feira (11) pela Petrobras, já entrou em vigor em alguns postos de combustíveis de Campo Grande e nesta quarta-feira (12) a gasolina já é encontrada até R$ 0,15 mais cara. Conforme o anúncio da estatal, o primeiro reajuste do ano é de 4,85% a mais para as distribuidores, com isso, a gasolina passa de R$ 3,09 a R$ 3,24.
O último reajuste nos preços dos combustíveis foi feito em dezembro do ano passado, quando houve uma redução de 3,13% no valor da gasolina, sendo a primeira queda registrada desde junho de 2021.
Em postos de Campo Grande o preço da gasolina hoje varia de R$ 6,29 a R$ 6,50, sendo que em alguns postos o reajuste já foi aplicado e a diferença no preço, comparando com a primeira semana do mês chega a R$ 0,15, como é o caso do posto Acácia na Avenida Calógeras.
No dia 6 de janeiro a gasolina era vendida a R$ 6,25, no local e hoje é encontrada a R$ 6,40. Próximo dali, no posto Pororoca a diferença encontrada foi de R$ 0,12. Na semana passada o combustível era comercializado a R$ 6,27 e nesta quarta o preço subiu para R$ 6,39.
Apesar de entrar em vigor hoje, o aumento só pode se repassado para as bombas com a chegada de novo estoque de combustível. Ou seja, a gasolina que já estava na bomba não pode ser vendida com o reajuste, por isso o Procon Estadual está fiscalizando os postos.
“Já começamos as fiscalizações para que o reajuste não seja aplicado antes da compra do novo combustível. O consumidor não pode ser punido duas vezes, estamos atentos a isso para minimizar o impacto. No entanto, o aumento é uma efetividade e vai impactar outros segmentos além dos combustíveis”, explicou o superintendente do órgão, Marcelo Salomão.
Alguns postos, inclusive, ainda nem aplicaram o reajuste, como é o caso do Posto Imperial na Avenida Spipe Calarge, no local a gasolina segue sendo vendida a R$ 6,48. O maior preço encontrado nesta quarta-feira. No posto Royal Fic, na Avenida Costa e Silva, o combustível também não teve aumento na manhã de hoje e o preço estava em R$ 6,38.
Também na Costa e Silva, o posto Locatelli ainda nesta manhã revendia a gasolina a R$ 6, 35, mesmo preço do último levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), na primeira semana de janeiro.
Em alguns postos não foi possível fazer o comparativo, mas a gasolina chegou a ser encontrada a R$ 6,29 como é o caso do posto Piraputanga, na Avenida das Bandeiras e do posto Paulista na Avenida Fernando Correa da Costa, onde o combustível é comercializado a R$ 6,32.
Orçamento – Para quem precisa trabalhar, o reajuste pesa no orçamento mensal. Ao Campo Grande News, Rosana Serpa, 47 anos, autônoma, disse que está ficando inviável manter as contas equilibradas.
“Eu trabalho viajando pelo interior do Estado e o custo está cada vez mais alto, impactando significativamente o meu trabalho. Já estou viajando com parceiros para dividirmos os gastos. Em médio gasto R$ 2,5 mil com gasolina, preciso produzir seis vezes isso para compensar”, disse.
Para o aposentado Ozório Francisco da Silva, 77 anos, não há explicação para o aumento do preço nos combustíveis, “estou gastando R$ 800 por mês para andar dentro da cidade. Não compensa colocar 20 ou 30 reais porque logo tem que voltar no posto. Não tem explicação o preço estar nessa altura”, afirmou.
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