O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta quinta-feira (30) a possibilidade de orientar o BC (Banco Central) a "imprimir dinheiro" diante da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavirus e disse que a possibilidade se conecta com a definição de um limite de endividamento do Brasil.
"O Banco Central pode sim emitir muito uma moeda e pode sim comprar dívida interna, porque se a taxa de juros for muito baixa, ninguém quer comprar título de longo prazo", avaliou o ministro em audiência pública no Senado.
De acordo com Guedes, um bom economista "não pode ter dogmas" em momentos como o atual. "De repente, quando surge uma ameaça de desemprego em massa, você sabe quem são os economistas que ganharam o Prêmio Nobel nessa linha também", afirmou ele.
Para Guedes, a impressão de dinheiro causaria uma monetização da dívida sem que exista impacto inflacionário. "Nós estamos atentos a todas as possibilidades", disse o ministro, destacando que o mundo espera que as reformas estruturais prossigam no Brasil. "Numa crise de saúde não falta dinheiro para a saúde, mas não podemos ter irresponsabilidade", completou.
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