O IGDI (Índice Geral de Desempenho Industrial) de Mato Grosso do Sul, que foi criado pelo Radar Industrial da Fiems e é calculado com base nas pesquisas de Confiança e Sondagem Industrial, registrou no mês de janeiro de 2020 o melhor desempenho para o período desde 2014. No primeiro mês deste ano, o Índice alcançou 56,7 pontos, o que indicado relativa estabilidade na comparação com dezembro de 2019, quando atingiu 56,2 pontos.
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, explica que esse foi o melhor resultado já obtido para um mês de janeiro, ficando 8,8 pontos acima da média histórica apurada pelo IGDI para os meses de janeiro. “Na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020 ocorreram aumentos nos índices de intenção de investimento, confiança e na participação das empresas que realizaram contratações”, detalhou.
O economista completa que a utilização da capacidade instalada e a participação das empresas com produção estável ou crescente apresentaram recuos. “Quanto à atividade, constata-se que em janeiro a produção ficou estável em 47,5% dos estabelecimentos, contra 48,5% no mês de dezembro. Já as empresas que apresentaram expansão responderam por 19,7% do total, contra 22,7% no mês anterior”, relatou.
Entretanto, ressalta Ezequiel Resende, mesmo com a acomodação ocorrida no ritmo de atividade, que é comum para o período, o empresário industrial de Mato Grosso do Sul segue otimista em relação aos próximos seis meses, com perspectivas de aumento nas contratações e demanda por seus produtos. “Por fim, com os dados consolidados, constata-se que o IGDI segue acima dos 50 pontos, indicando que, na média geral, o desempenho foi satisfatório, segundo a percepção da maior parte dos empresários respondentes”, pontuou.
O Índice
O IGDI reflete a percepção do empresário em relação ao desempenho apresentado pela atividade industrial. “Na elaboração, foram selecionadas cinco variáveis - emprego, investimento, produção industrial, utilização da capacidade instalada e confiança – e todas com peso de 20% na composição do Índice”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems.
No caso do emprego na indústria, o IGDI utiliza o percentual de estabelecimentos que aumentaram o número de empregados, enquanto na parte de investimento o Índice leva em consideração a intenção de investimentos para os próximos seis meses. Já da produção é usado o percentual de indústrias com a produção estável ou crescente, da utilização da capacidade instalada se pega o percentual médio e da confiança a base é o ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial).
O IGDI Fiems contou com a avaliação, validação e auxílio técnico do professor-doutor Leandro Sauer, da Escola de Administração e Negócios e do Programa de Pós-Graduação em Administração (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (ESAN/UFMS). “O professor é matemático com atuação na utilização de métodos quantitativos em economia e tem comprovada experiência na elaboração e uso de indicadores sintéticos”, reforçou o economista.
Comentários