Economia

O endividamento do brasileiro bate recorde. Existe saída?

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Em Pauta

Em dezembro de 2021, o número de famílias que relatou estar endividadas atingiu o absurdo percentual de 76%, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC. É o maior valor desde 2010, quando esse tipo de pesquisa começou a ser feita.
 


 

Aumento da SELIC desacelera o endividamento.

Observem o gráfico. A aceleração do endividamento do brasileiro é crescente. Todavia, os aumentos recentes na taxa básica de juros - SELIC - se faz mal para a saúde da economia brasileira, promete a queda no endividamento do cidadão brasileiro.

 

Cadê o debate?

É incrível, mas essa pauta não vem recebendo a devida importância no debate político. Ainda que seja um dos problemas mais prementes do brasileiro, esqueceram dos endividados. São mais de 60 milhões de pessoas inadimplentes. Não há dinheiro para arcar com as dívidas. Vivem de malabarismo. Pagam o aluguel e deixam de pagar a mensalidade escolar, pagam água mas não pagam o telefone, pagam o plano de saúde mas não pagam o cartão de crédito. É um tormento diário. O que cortar? O que reduzir? O que priorizar? O orçamento doméstico tornou-se o centro das preocupações familiares, mas não dos políticos.

 

O governo aumentou o consignado. A nova Lei do Superendividamento.

Tentando alguma resposta à crise, o governo federal aprovou o aumento da margem do consignado. Passou de 35% para 40% como percentual máximo da renda a ser comprometida, uma ação que reforça a venda de dinheiro pelos pilantras, mas que dá um "refresco" no endividamento pessoal, especialmente dos idosos e aposentados, responsáveis por mais de 50% das famílias.  No lado oposto, depois de virar comida de barata, por dez anos, em algum armário do Congresso Nacional, foi aprovada a Lei do Superendividamento. Essa lei atualiza o Código de Defesa do Consumidor e o Estatuto do Idoso. Instaura-se, agora, instrumentos para regular a oferta de crédito, prevenir e tratar o Superendividamento. Mas a verdade é uma só, sem a menor expectativa de crescimento da economia do Brasil, não há saída a curto prazo do endividamento do brasileiro.

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