O musical Godspell produzido por um grupo do curso de Artes Cênicas da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), unidade de Campo Grande e colaboradores voltou aos palcos em 2013. O espetáculo repaginado, fará apresentação em Dourados, no dia 21 de julho, no Teatro Municipal (Parque dos Ipês). O valor do ingresso é de R$20 (inteira) e R$10 (meia).
Outras informações podem ser obtidas com Fernandes Ferreira, coordenador do evento, no tel. 8142-7728.
Sobre o musical
Um dos ícones dos movimentos de contracultura nos Estados Unidos e, por extensão, no mundo ocidental, o espetáculo musical Godspell foi levado aos cinemas no ano de 1973 por Volmir Cardoso, que é quem assina o roteiro adaptado.Escrito por John-Michel Tebelak e com trilha sonora de Stephen Schwartz, Godspell apresentava ao mundo uma versão inusitada e irreverente dos ensinamentos de Jesus Cristo narrados no evangelho de São Mateus.
Ambientado na Nova York dos anos 70, o filme exibia a saga de um grupo de pessoas que abandonaram seus empregos e afazeres para, sob a batuta de João Batista, seguirem a Cristo. Nessa releitura contemporânea do evangelho, Jesus aparece trajado com uma camiseta do Superman, usando cabelos black-power e caracterizado por uma alegria pueril. Seus discípulos, fantasiados como uma trupe mambembe, seguem-no pelas ruas com total desapego, como se fossem um grupo de crianças descobrindo um mundo novo que agora lhes era dado conhecer.
Nesse contexto, segundo o professor Fernandes, Godspell mostra-se historicamente vinculado à quebra de paradigmas trazida pela contracultura das décadas de 1960 e 1970, ao ideal “paz e amor”, ao movimento hippie, à revolução sexual, à geração beatnik, enfim, a uma ideologia “pós-segunda guerra mundial” e “pós-guerra do vietnã” que dizia não ao Estado, às tiranias, à lógica do consumo e do capital, ao trabalho massificado e ao american way of life.
“Consideramo-nos fãs de Godspell, de sua força e leveza, de seu encanto arrebatador e de suas canções inesquecíveis. Encená-lo é, para nós, mais do que representação ou concerto; é abraçar a esperança e a alegria, mergulhar em busca disso que todos chamam de Deus, mas que insistimos em não compreender por conta de nossas verdades adultas demais”, finaliza professor Fernandes.
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