Na véspera do clássico com o Corinthians, o presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, diz estar confiante em uma vitória neste domingo no Morumbi e também que a equipe não será rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro. Mas, em entrevista ao site Chuteira FC publicada neste sábado, o dirigente afirmou que o objetivo da sua gestão é zerar as dívidas do São Paulo e admitiu que eventual queda à Segunda Divisão poderia encerrar a sua trajetória no Morumbi.
"Se o time for campeão então, está tudo ótimo. Se eu, que recebi o clube com R$ 170 milhões de dívida, fora as dívidas tributárias, e hoje já posso dizer que a reduzi para R$ 48 milhões em menos de dois anos de administração, for rebaixado estou morto politicamente. Meu objetivo é entregar o São Paulo sem dívida, e é uma meta absolutamente factível. Mas se entregar sem dívida e tiver sido rebaixado, estou morto", disse.
Sobre a demissão de Rogério Ceni, o dirigente afirmou que voltou a conversar com ele depois da sua saída do Morumbi e que o treinador ainda ainda demonstra inconformismo com a decisão. "Falei com ele um tempo depois, mas foi muito pouco. É inegável que ficou um estremecimento, infelizmente. Ele não se conforma até hoje. O mais duro na demissão foi chegar à conclusão de que era preciso demiti-lo", disse.
Leco ainda fez questão de ressaltar que foi sob o comando de Rogério Ceni que o São Paulo entrou na zona da degola para a Série B. "Como jogador ele era o Mito, uma figura grande, com muitas conquistas, mas era uma situação muito diferente da de pegar um grupo e formar um time. Uma, duas, três eliminações… E zona de rebaixamento, porque foi com ele que fomos para a zona de rebaixamento. E como é duro de sair!", disse.
Em outro ponto da entrevista, Leco admite que a inexperiência de Rogério Ceni contribuiu para a sequência de maus resultados da equipe, mas afirma que, antes de contratá-lo, o treinador o convenceu de que estava pronto para assumir o time. "Não posso dizer que me arrependi, porque fiz de uma forma consciente e refletida, embora naquele primeiro momento questionasse se ele já estava em condições de assumir. Mas tantas e tão fortes foram as colocações dele de que estava pronto que eu me convenci, e fiz aquilo que acho que ninguém evitaria fazer, que era trazê-lo. Trouxemos, demos todas as condições, prestigiamos o projeto. Dei tudo e um pouco mais. Dei tudo e ainda dei o Pratto, que todo mundo queria. Infelizmente não deu certo", disse.
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