Era preciso ir além, e o Brasil sabia disso. Diante de um rival invicto até então, quis se mostrar forte. A instabilidade ainda estava lá, é verdade. Mas, ao reagir no momento certo, a seleção brasileira conseguiu derrubar a Holanda em 3 sets a 2, parciais 23/25, 25/18, 25/27, 25/19 e 15/7. Com o resultado, se manteve firme na briga por uma vaga na terceira fase do Mundial.
A vitória deixa o Brasil com 18 pontos, em quarto lugar no grupo E - empatado em pontos com o Japão, leva a pior no sets average. A seleção, então, torce por uma derrota das japonesas para a Sérvia nesta quarta-feira, às 7h20 (horário de Brasília). Brasil e Japão decidem a classificação para a terceira fase nesta quinta-feira, também às 7h20.
Apenas três seleções avançam à terceira fase. A partida entre sérvias e japonesas será essencial na matemática do grupo. Caso vençam as europeias, as asiáticas deixam o Brasil em situação muito complicada. Para avançar, precisaria bater o Japão e fazer as contas no saldo de pontos com japonesas e holandesas para saber quem avança.
Contra a Holanda, o Brasil mostrou evolução em vários aspectos. Durante boa parte da partida, teve avanços no bloqueio e no passe. Sofreu, porém, com a instabilidade. Depois de liderar o segundo set em 8/1, permitiu a reação e se complicou no jogo. Ainda assim, conseguiu superar o sufoco para sair de quadra com a vitória.
- Lógico que dependemos do jogo da Sérvia contra o Japão. Mas tínhamos de fazer o nosso trabalho. E o mais legal foi ver o time jogar bem. Nós cometemos alguns erros, sem dúvida. Mas vimos um time com energia em quadra, um time que não queria que a bola caísse de jeito nenhum, querendo chegar ao bloqueio, tentando ajustar o saque a cada bola. Temos de continuar a fazer o nosso trabalho - disse Zé Roberto.
Tandara, intensa durante todo o confronto, fechou a partida com 28 pontos. Gabi fez 13, assim como Fernanda Garay, que começou no banco por conta de dores nas costas, mas que também foi importante para a vitória. No total, foram 17 pontos de bloqueio e dez de saque. Grande nome do time holandês, Lonneke Sloetjes deu trabalho às brasileiras e saiu de quadra com 25 pontos.
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