O Corinthians acertou nesta terça-feira a venda do meia Matheus Cassini para o Palermo, da Itália. O Timão deve receber cerca de R$ 3,5 milhões com a saída do armador, um dos destaques da equipe sub-20 na última edição da Copa São Paulo, realizada em janeiro. Ele viajará para a Europa nos próximos dias.
A diretoria do Corinthians vinha conversando com os representantes do jogador há pouco mais de uma semana. No início, o Palermo tentou parcelar o valor oferecido, mas os alvinegros não aceitaram. Nas últimas horas, os italianos concordaram em desembolsar o valor à vista no dia 1 de julho, e os dirigentes alvinegros bateram o martelo.
– Essa era a dificuldade (pagamento à vista). O Cassini também não queria mais ficar. Houve um desgaste por ele não estar sendo aproveitado. A reunião com a diretoria foi bem tranquila. Eles aceitaram meio com a cara emburrada, mas aceitaram – afirmou o empresário Nilson Moura, por telefone.
A saída do garoto causou um desconforto entre as partes. Quando o interesse do Palermo se tornou público, o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, postou nas redes sociais que o jogador queria ser negociado e não tinha como segurá-lo. Houve certa revolta de torcedores, indignados com a saída de uma promessa das categorias de base. O clube tinha 70% dos direitos. O restante era da empresa que agencia o garoto.
O Corinthians ainda tentou segurá-lo nas últimas horas com uma proposta para melhorar os salários e dar mais oportunidades na equipe. O clube chegou a oferecer R$ 80 mil de salários (ele recebe R$ 8 mil), mas o jogador não aceitou. No contrato com o Palermo, o meio-campista ganhará R$ 85 mil mensais líquidos.
Após o título da Copa São Paulo, Matheus Cassini foi promovido ao elenco profissional, teve alguns problemas físicos e sequer chegou a ser aproveitado na equipe. No último domingo, depois de receber pressão da diretoria, o técnico Tite levou o garoto para o banco de reservas na partida contra o Fluminense, mas não o colocou em campo.
– O Corinthians ficou vacilando para renovar o contrato. Estávamos querendo, mas o clube não deu ênfase nisso. Foi até comentado que ele deveria mostrar um pouco mais. Quando apareceu a proposta, eles quiseram renovar. Você fica chateado, tem a expectativa no jogador. Não acho que era algo do Tite. O clube precisa dar força para a molecada – ressaltou o agente.
Cassini deve continuar treinando com a equipe principal nesta semana. A tendência é de que ele siga para a Itália em, no máximo, dez dias.
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