Campo Grande News
O novo formato de disputa do Campeonato Sul-Mato-Grossense da Série A, que foi definido na manhã da última terça-feira (8) não deixou satisfeito dois clubes, o Aquidauanense e o Águia Negra. Tudo porque os dirigentes desses clubes alegam que a forma apoiada pela maioria, três fases de pontos corridos até chegar ao campeão, tem pontos “falhos”, como a possibilidade de um clube de uma chave fazer um baixo número de pontos, um por exemplo, e se classificar, enquanto outro fazer muito mais e ser desclassificado.
O “líder” do movimento, o presidente do Azulão de Aquidauana, João Garcia, tentou provar aos demais representantes que a fórmula não era justa, principalmente por este motivo da pontuação. “Não é a melhor fórmula. Como os clubes enfrentam adversários da outra chave, pode chegar ao ponto de um clube ter três pontos ou menos e garantir a classificação, enquanto clubes da outra chave com dez a 12 pontos serem desclassificados”, alerta Garcia.
Outro ponto contestado é o turno único na primeira fase. Os presidentes dos clubes de Aquidauana e Rio Brilhante lembram metade dos clubes da competição vão jogar apenas três partidas em casa, contra a outra metade que vão jogar quatro dentro dos seus domínios. “Não é justo, por duas miseras rodadas fizeram turno único. Dava muito bem para fazer o returno, bastando na segunda fase se classificarem os dois finalistas apenas”, lamenta e argumenta Garcia, do Aquidauanense.
Os dirigentes lembram que existe uma grande diferença do clube atuar dentro e fora de casa e contra determinados adversário este fator pode influenciar. “Fui contrario. Minha avaliação é de que a decisão não é das melhores. Estou junto com o João (Garcia), que jogando um grupo contra o outro, corre o risco, como já aconteceu num campeonato Sub-18, em que a Portuguesa com um ponto se classificou e o Águia Negra com 10 ficou de fora”, relembra o presidente Illiê Vidal.
Os dois dirigentes lamentam o aperto da competição e relembram o a adaptação a grade da TV detentora dos direitos televisivos, que deseja transmitir as finais do Campeonato Paulista e Carioca. “Agora temos que jogar, e não tem como se arrepender, pois este regulamento é válido para os próximos dois anos”, ressalta Vidal.
“Vira-casacas” - Presidentes do Novoperário e Comercial foram convencidos no arbitral a mudar de opiniões, já que tanto Américo Ferreira (NovoGalo) e Luiz Cortez (Colorado) já haviam dado declarações afirmando serem avessos aos pontos corridos. “Tínhamos outra opinião e fomos convencidos que esta poderia ser uma fórmula interessante e justa”, ressaltou Américo.
O presidente do alvinegro lembra que o interesse da TV que transmite a competição deve ser respeitado.
O rebaixamento foi tratado por Ferreira como justo, o presidente lembra que como 2014 será um ano eleitoral, os clubes poderão enfrentar uma seca de incentivos. “Chama atenção essa de outra fase para rebaixamento. 2014 é um ano eleitoral, se alguma equipe for mal, pode se recuperar com o triangular final”, cita Américo, se referindo a disputa dos clubes que não se classificarem na primeira fase, que serão obrigados a encarar um triangular entre eles. Os dois piores caem para a Série B.
Satisfeito de cara – O presidente do Naviraiense Fábio Chagas fez parte do grupo da maioria que não precisou ser convencido da nova proposta da competição. “Ficamos feliz com a proposta apresentada, é justa, os clubes irão precisar ter uma apresentação efetiva, um time equilibrado, de quebra respeita o tempo curto e a televisão.
Fórmula - Os 14 clubes serão divididos em dois grupos de sete e enfrentarão em turno único cada adversário da outra chave. Os quatro melhores se classificam para a próxima fase, divididos em dois quadrangulares, jogando em turno e returno dentro dos grupos. Os dois melhores se classificam para o quadrangular final.
Novamente em turno e returno, será decidido o campeão, que será aquele que tiver mais pontos.
Campeão garante vaga no Campeonato Brasileiro da Série D de 2015 e também Copa do Brasil. O vice apenas na segunda competição.
Rebaixamento – Os três clubes que restarem de cada chave da primeira fase de grupos, jogam entre si e os dois piores de cada chave serão os rebaixados para a Série B, em 2015.
Participaram do arbitral representantes de 11 clubes, dos 12 garantidos para a disputa da competição. O Urso de Mundo Novo justificou a ausência de seus dirigentes. Os outros dois clubes que completarão a disputa serão conhecidos na Série B, que ainda está em disputa.
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