O Palmeiras vai buscar no remédio mais amargo possível a solução para curar a tristeza pela eliminação no Campeonato Paulista. O jogo mais complicado da fase de grupos da Copa Libertadores - contra o Peñarol, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Montevidéu - é a saída para o time tentar acalmar os ânimos depois da queda no último sábado para a Ponte Preta.
A partida no estádio Campeón del Siglo, inaugurado no ano passado, traz a dificuldade de se enfrentar a pressão de um rival que promete ser ainda mais viril do que foi há 14 dias, no estádio Allianz Parque, em São Paulo, para vencer e se manter com chance de classificação. "Com certeza será um jogo muito difícil novamente, mas agora com a pressão deles aqui", disse o atacante Róger Guedes. "É jogo de Libertadores, chegaremos firme nas jogadas", completou.
A vitória fora de casa deixaria o time praticamente garantido na próxima fase. O clube chegaria a 10 pontos e não conseguiria ser alcançado pelo Peñarol.
Na rodada passada, o Palmeiras ganhou em São Paulo por 3 a 2 com um gol do lateral-direito Fabiano aos 54 minutos do segundo tempo, em jogo marcado por divididas duras e a reclamação do volante Felipe Melo sobre injúria racial durante a partida. Por isso, a equipe espera um ambiente tenso.
O próprio Palmeiras não vive um momento tranquilo. O técnico Eduardo Baptista buscou conversar com Borja nos últimos dias para amenizar a irritação do colombiano ao ser substituído por Willian sob vaias no último sábado. O intuito foi dar confiança para o atacante marcar pela primeira vez nesta Libertadores. O time também teve conversa com teor parecido, até para não se abater após a se despedir do Estadual.
O elenco se preparou somente com treinos fechados. O último deles, nesta terça-feira, já no Uruguai, foi antecipado da noite para a tarde e transferido de local, ao estádio Luis Franzini, pois a previsão do tempo indicava chuva. Sem Dudu, suspenso pela expulsão na rodada passada, o meia Michel Bastos é quem deve atuar pela esquerda do setor ofensivo.
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