O grupo punk feminista Pussy Riot assumiu a autoria do protesto realizado na final da Copa do Mundo neste domingo (15.7). Aproveitando a exposição internacional do momento, quatro pessoas invadiram o campo no segundo tempo e foram rapidamente retiradas pela organização. O motivo, segundo as integrantes, foi pedir mais liberdade de expressão na Russia de Vladimir Putin, e isso engloba diversas demandas.
Elas são contra a repressão de minorias na Rússia, principalmente a comunidade LGBTQ+, protestam contra a prisão do cineasta Oleg Sentsov, que está em greve de fome desde maio pela também prisão de mais 65 ucranianos na Rússia, e querem o fim dos casos judiciais contra os opositores do governo.
As roupas foram escolhidas em crítica à polícia russa já que, de acordo com elas, a rotina russa é bem diferente do que foi vista no Mundial. Os policiais, segundo o grupo, “perseguem prisioneiros políticos” e mostram “desprezo pelas regras”. Além disso, amanhã a morte do poeta Dmitri Prigov completa 11 anos, e ele ficou conhecido por criticar a polícia em seus versos, ser detido por ela e internado em um manicômio.
Vale lembrar que o grupo, que também é uma banda, ganhou as redes especialmente em 2012, quanto tocou uma música contra o apoio da Igreja Ortodoxa Russa à campanha de Putin. Na época, três cantoras chegaram a ser condenadas e presas. Elas comumente usam balaclavas e vestidos, e reforçam a importância do feminismo e de mostrar uma imagem feminina fora dos esteriótipos.
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