Chapéu, óculos escuros que mal disfarçavam a cara de cansado, mas de felicidade pela vitória do Barcelona sobre o Real Madrid. Neymar se apresentou à seleção brasileira na manhã desta segunda-feira com estilo arrojado, como de costume, e louco para descansar. Afinal, na noite do domingo, ajudou sua equipe a vencer o maior rival por 2 a 1 e abrir quatro pontos na liderança do Campeonato Espanhol. Uma vitória que tirou o sono do atacante.
– Eu já não costumo dormir depois dos jogos, quando é clássico então, demora bem mais (risos). Festejado por cerca de uma dezena de fãs franceses que se aglomeraram atrás de uma grade, à espera dos jogadores brasileiros, o camisa 10 de Dunga admitiu que enfrentar a França no mesmo estádio da final da Copa do Mundo de 1998, quando ele tinha apenas seis anos e a equipe europeia derrotou o Brasil por 3 a 0, tem um sabor especial.
– Mexe um pouquinho. É uma honra vestir a camisa da Seleção, ainda mais num jogo importante contra a França. Agora vou descansar um pouquinho, treinar e ouvir o que o professor Dunga tem a nos dizer – disse o capitão da seleção brasileira.
Neymar foi o sexto atleta a se apresentar na manhã desta segunda-feira. Antes dele, o zagueiro Thiago Silva, o trio do Chelsea formado por Filipe Luís, Oscar e Willian, e o lateral-direito Fabinho, do Monaco, haviam chegado ao hotel. O lateral-esquerdo Marcelo, que perdeu o clássico para Neymar, surgiu logo em seguida e, por último, o volante Luiz Gustavo. Resta somente o lateral-direito Danilo, que irá diretamente do aeroporto para o treino, marcado para as 13h (horário de Brasília).
Thiago Silva, que deverá ser titular pela primeira vez com Dunga, admite que em Paris, cidade onde mora para defender o PSG, fala-se de um confronto especial. Os franceses, é claro, se lembram muito da final de 1998. Mas para o zagueiro, provável companheiro de Miranda na partida de quinta-feira, o objetivo atual de cada seleção é muito maior do que a comparação.
– (1998) Não foi muito legal para a gente, muitos falam que o Brasil vem para uma revanche, mas não é. A França se prepara para a Eurocopa do ano que vem e nós para as Eliminatórias. Será um bom espetáculo, espero que o Brasil possa conseguir uma vitória.
Já na concentração da Seleção, o zagueiro brincou com o deslocamento até o hotel onde a delegação está hospedada, na capital francesa. Por jogar no PSG, ele teve o menor trajeto entre os convocados até se apresentar ao técnico Dunga.
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