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TJD nega pedido de clubes e mantém rodada do Campeonato Estadual

Sete dos 12 participantes da Série A queriam que última rodada da primeira fase acontecesse após julgamento do Aquidauanense

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O risco do Campeonato Estadual ser paralisado pelo não julgamento do Aquidauanense pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MS) está, por enquanto, afastado. Na noite desta sexta-feira (15), o presidente do Tribunal, Patrick Hernandes Santana Ribeiro, em despacho, indeferiu o pedido de sete clubes pelo adiamento da última rodada da primeira fase, marcada para esse domingo, até que o caso envolvendo o Azulão e que mexe, diretamente, com as zonas de classificação e rebaixamento, tivesse desfecho. O julgamento foi adiado para a próxima quarta-feira (20).

O pedido para que a rodada deste domingo fosse adiada foi assinada pelos presidentes da SER Chapadão, Costa Rica, Sete de Dourados, Urso de Mundo Novo, Águia Negra, Novo FC e ABC, os dois últimos de Campo Grande. De acordo com José Félix, presidente da Serc, o pedido se justificaria pelo fato de que o resultado deve influenciar diretamente na classificação ou rebaixamento de clubes e que a última rodada só deveria ser disputada após essa variável ser concluída. Não se manifestaram Corumbaense, Operário FC, Operário AC e Comercial.

Indeferido

Para negar o pedido, o presidente do TJD disse que entendia a preocupação dos clubes e que o cenário, de fato, não era o esperado e que respeitava "o interesse dos clubes em sanear o quanto antes a delicada situação enfrentada, contudo, até o momento, não foi possível a identificação de nenhum prejuízo ou dano irreparável para nenhum dos proponentes, ao passo que o presente feito poderá ser solucionado na próxima quarta-feira, com tempo hábil para organização da continuidade do Campeonato Estadual".

Apesar do pedido ter partido dos próprios clubes, ele alegou que o prejuízo dos mesmos, caso os jogos fosses adiados, seria maior. "Ademais, o contrário é sim verdadeiro, uma vez que ao suspender o campeonato com menos de 48h da sua realização acarretaria em imensos prejuízos aos clubes, pois certamente já se encontram com toda logística de viagem, concentração e preparação para a derradeira e decisiva rodada. Por fim, por não encontrar justificativa razoável entre o julgamento do feito ocorrer antes ou depois da última rodada, que justifique a suspensão do campeonato, entendo não merecer guarida a tutela pleiteada", concluiu.

De acordo com João Félix, presidente da Serc, a decisão pode prejudicar principalmente os clubes que lutam contra a degola. "Particularmente tenho opinião que nada mudaria em relação ao que meu clube precisa conquistar. Temos que ganhar ou, dependendo de outros resultados, até um empate serviria. Porém pra outros, como ABC é uma situação complicada esperar resultado do julgamento após o jogo". O dirigente ainda critica o Tribunal. "O TJD vem de uma gestão no mínimo atrapalhada, sabemos que a recomposição foi inadequada, deveria ter acontecido antes do início do Campeonato, agora na primeira oportunidade que tem de demonstrar seriedade o procurador ‘tem problemas pessoais’ e não temos sessão de julgamento", lamenta.

Para Félix, a negativa pode atrapalhar a relação futura dos clubes com o Tribunal. "A relação entre as instituições envolvidas tem que ser de confiança e isto é uma estrada que se constrói caminhando, ela não vem pronta. A intenção dos clubes e ajudar a construir, esperamos o mesmo do TJD",encerrou.

Jogos

Com a rodada mantida, seis jogos neste domingo, todos às 15h, concluem a primeira fase da competição. No Estádio Morenão, Novo e Serc jogam contra o rebaixamento, no Jacques da Luz, o ABC, ainda com chances de escapar, recebe o Operário FC. No Estádio Arthur Marinho Corumbaense e Sete de Dourados disputam a terceira posição ou até a vice-liderança. O líder Águia Negra recebe o Aquidauanense, por enquanto, já classificado. No Laertão, o Costa Rica joga contra o Urso e, no Chavinha, o rebaixado Operário AC enfrenta o Comercial.

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