O Brasil x Uruguai desta sexta-feira, dia 16 de novembro, será histórico. Um dos maiores clássicos do futebol mundial será disputado pela primeira vez fora das Américas. Em 102 anos de confrontos, as duas seleções se enfrentaram 74 vezes na América do Sul, uma no México, e agora jogarão em Londres, no estádio do Arsenal.
A única partida fora do continente foi na semifinal da Copa de 70. Na campanha do tri, brasileiros venceram uruguaios por 3 a 1, gols de Clodoaldo, Jairzinho e Rivellino.
Outra marca curiosa será quebrada: Brasil e Uruguai não se encaram num amistoso há 23 anos. O último foi no dia 11 de outubro de 1995, na Fonte Nova, em Salvador. Ronaldo marcou os gols da vitória brasileira por 2 a 0.
Os dois fatos indicam o tratamento absolutamente diferente dado pela CBF aos seus dois principais rivais nos últimos anos. A Argentina se tornou adversária favorita, por todos os cantos do mundo. Em 2010, jogaram no Catar. Em 2014, na China. No ano passado, na Austrália. E no mês passado, na Arábia Saudita. Sempre amistosos, um deles com a maquiagem do Superclássico das Américas, torneio criado para as duas seleções.
O apelo midiático das seleções pode justificar a preferência pela Argentina, mas o Uruguai está no topo do futebol mundial há oito anos, desde que foi semifinalista da Copa do Mundo de 2010. Depois, acumulou boas campanhas, como o título da Copa América, em 2011, e a eliminação nas quartas de final do último Mundial, para a campeã França.
Mesmo assim, e com jogadores badalados como os atacantes Suárez e Cavani, só agora houve um acerto para que Brasil e Uruguai rompessem a fronteira.
Esse será o penúltimo amistoso da Seleção de Tite em 2018. Na próxima terça-feira, em Milton Keynes, nos arredores de Londres, a equipe vai enfrentar Camarões, primeiro rival africano do técnico, no cargo desde 2016.
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