Por: Rogério Crespo
Todos os anos, nada menos do que 40 mil brasileiros morrem vítimas de acidentes de trânsito. Outros milhares saem com traumas físicos e psicológicos que levarão consigo para o resto de suas vidas. Sem falar na dor dos pais, amigos e entes queridos quando a tragédia lhes cai sobre as cabeças. Visando diminuir esse quadro, entrou em vigor nesta segunda-feira (15), em Itaporã a Tolerância Zero no trânsito, implantado pela PM-Itaporã, seguindo as orientações do 3º Batalhão PM de Dourados, ao qual estão subordinados.
Ser policial militar é realmente um trabalho árduo, para a população ou ele é omisso ou abusa da autoridade. O Tenente William Scaramuzzi Teixeira, Comandante do 3º Pel. PM – Itaporã, por ao fazer cumprir o Código de Trânsito Brasileiro vem se tornando o centro de atenções nas redes sociais, como mostra o texto extraído de um Perfil do Facebook denominado “Pedra Lascada”:
“Pois bem, ficamos sabendo que em Itaporã vivemos numa cidade sem lei, e o valente comandante "Wyatt Earp" Scaramuzzi vai nos salvar dessa situação, prendendo todos os que dirigirem de chinelos ou sem a imponente CHN, que parece um bicho brabo que nem um leão africano...”
“Você pode ganhar um ótimo salário, pago por nós, e não gostar de Itaporã. E se você se achar melhor em qualquer lugar longe daqui, vaia-te! Vai receber seu salário no Rio de Janeiro ou em Brasília. Alimentamos muitos como você. Vai descarregar sua raiva da nossa paz numa guerra de quadrilhas. Vai achar sua guerra. Não é nas blitz em Itaporã.”
Mesmo assim, o 3º Pelotão de Polícia Militar entende que, por Itaporã ser uma cidade interiorana, há a possibilidade do desrespeito ao Código de Trânsito (CTB) estar incutido na cultura local. E como acontece culturalmente no Brasil, quem nunca tentou dar um jeitinho pedindo ao policial que não aja com notificações, mas com orientações aos infratores.
Tal sugestão foi aplicada ao longo da chegada do novo comando ao município, orientando conscientizando condutores. Diferente da legislação penal que apresenta “brechas” e o policial militar está sujeito às interpretações da autoridade judiciária, a legislação de trânsito não tem tais espaços. É simplesmente agir conforme o CTB, sem vírgulas ou entendimentos.
O Diário Itaporã procurou na manhã de hoje (15), o Comandante William Scaramuzzi, onde na oportunidade explicou que a Polícia Militar não serve só para reprimir. “Estamos aqui também para orientar e podemos também dar palestras sobre trânsito em escolas, igrejas e demais instituições, esclarecendo dúvidas e estreitando laços com a comunidade”, disse o Tenente.
Ainda segundo o Comandante, o condutor brasileiro, infelizmente, só pensa em sua segurança e na de terceiros quando autuado administrativamente, no bolso. “É preciso trabalhar a questão da educação para o trânsito, formando motoristas conscientes e respeitosos à lei em geral, de forma que venhamos há ter um dia a dia nas ruas um pouco mais humanizado e menos brutal”, enfatiza William.
Muitos recursos públicos são gastos, todos os anos, no tratamento das vítimas dessa guerra sem sentido, motivada principalmente pela imprudência, negligência e a imperícia de condutores ao volante.
O Tenente ressaltou também que é hora de pararmos com essa imprudência no trânsito brasileiro e lembrar uma regra muito simples que deveria ser seguido à risca: Caro motorista, lembre-se que, nas ruas, seu filho também é pedestre.
“Que o povo de Itaporã conscientize-se e mude de postura, principalmente a juventude, mais naturalmente propícia ao risco inconsequente de suas ações”, concluiu o Comandante William.
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