Itaporã

Custódia Franciscana e Paróquia São José de Itaporã comemoram centenário do Frei Mateus com missa neste domingo (13)

A Custódia Franciscana da Sete Alegrias de Nossa Senhora juntamente com a Paróquia São José de Itaporã (MS) estarão realizando uma comemoração ao centenário da vida do querido Frei Mateus Rothmann. A comemoração ocorrerá no dia 13 de dezembro (domingo) na igreja Matriz São José de Itaporã com celebração Eucarística às 10h30 e abertura do Ano da Misericórdia. Todos estão convidados a participarem da celebração. História de vida Frei Mateus Rothmann (nome religioso) nasceu na Alemanha, região de Frankfurt, no dia 13 de novembro de 1915, filho de Joseph Rothmann e Perpétua Dehler. Na pia batismal recebeu o nome de Ernest e teve uma irmã e seis irmãos, já falecidos.

Bem cedo foi para o seminário, estudando quatro anos na Holanda. Retornando para a Alemanha, fez o noviciado e dois anos de filosofia na Ordem dos Frades Menores (OFM). Mas, em 1939 estourou a guerra e foi convocado para formar as fileiras do exército alemão. Ali, ele permaneceu seis anos, dois dos quais como prisioneiro em Chartres, na França.

Neste meio tempo conseguiu fazer um ano de Teologia. Um ano antes do fim da guerra conseguiu retornar à Alemanha, graças a um médico católico que atestou que o jovem Ernest estava doente. Em sua terra, primeiro trabalhou na lavoura para ganhar seu sustento e da família.

Em seguida, empregou-se na prefeitura municipal por quatro anos, acolhendo os fugitivos da guerra que retornavam à pátria e precisavam de casa. Por influência do irmão mais velho, que ao voltar dos campos de batalha se fez frade franciscano, resolveu também retomar sua caminhada franciscana. Por isso, fez novamente o noviciado em 1949 e depois mais três anos de Teologia.

Em 19 de julho de 1953 recebia a ordenação sacerdotal. Ficou um ano na Alemanha e depois veio para o Brasil, numa viagem de navio que durou uns doze dias. Inicialmente passou oito meses em Gaspar – SC para aprender o português, mas de nada lhe serviu pois, todos lá falavam alemão.

Em 1955, transferido para Cuiabá, onde permaneceu por dois anos. Já em 1957, o missionário Frei Mateus chegava para trabalhar na imensa paróquia de Rosário Oeste, perfazia longos percursos no lombo do cavalo, em viagens que duravam de 15 a 20 dias para atendimento religioso em fazendas e comunidades rurais. Transferido para Paranaíba (hoje MS), em 1960, porém durante dez dias por mês precisava cuidar da paróquia de Cassilãndia, distante 90 Km. No ano seguinte, assumiu a Catedral de Dourados ficando até 1964.

Em março deste ano, é criada a paróquia Senhor Bom Jesus em Caarapó e Frei Mateus é nomeado seu primeiro pároco, ficando até 1966, retornando em 1969 permanecendo até 1981, quando teve que ausentar-se para tratamento de saúde, devido a um enfarte. No início da década de 80 esteve em Dourados, na Paróquia Imaculada Conceição, trabalhando de 1984 a 1988. Neste tempo Frei Mateus atendeu a Comunidade Santo

André (hoje paróquia), além dos trabalhos espirituais, ajudou a formar a Coordenação do Conselho Comunitário de Pastoral, orientador espiritual da Legião de Maria entre outros trabalhos importantes na vida comunitária. Novamente é transferido para Caarapó, lá permaneceu até 1991. Em Caarapó, o hospital municipal da cidade do qual foi o fundador leva o nome de seu onomástico, Hospital São Mateus e de um Centro de Educação Infantil Frei Mateus (antiga creche Frei Mateus), no bairro Vila Planalto.

Após este período, por ordem do superior provincial, designou-o como vigário paroquial na atual paróquia, São José em Itaporã. No município de Itaporã desenvolveu seu trabalho missionário com dedicação, amor e zelo para com a comunidade, para com as pessoas, ao angariar fundos e fazer doações para a construção e reformas de capelas, salões paroquiais.

Frei Mateus, com seu jeito sereno, calmo, prestativo, caridoso, um homem de oração, é responsável pela fé de milhares de cristãos, promovendo a paz e a dignidade humana, sendo o protagonista na construção de uma sociedade justa e solidária por onde passou. Sua vida missionária é um testemunho vivo de serviço a Deus e aos irmãos.

Depois de, aproximadamente 20 anos morando em Itaporã, ele pertence a paróquia da Cidade, porém devido a sua saúde, atualmente mora em Campo Grande, no Convento Franciscano, Paróquia São Franciscoonde, onde tem enfermeiros e médicos para cuidá-lo no dia a dia.

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