Uma frente fria mudou a aparência da cidade hoje. O frio, que chegou na tarde de domingo (21), surpreendeu os moradores de Itaporã na manhã desta segunda-feira( 22). O vento gelado nas ruas incomodou muitas pessoas que tiveram que reforçar o agasalho. A temperatura mínima foi de 10 graus, mas a sensação térmica foi de um frio ainda mais intenso.
Já sendo considerada uma das maiores ondas de frio da história, que chegou à região sul do Estado neste domingo, Itaporã deverá ter geadas por, pelo menos dois dias, e até temperaturas abaixo de zero. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) prevê -2º C, sem considerar a sensação térmica agravada pelos ventos, na terça e quarta-feira para os municípios da região sul do Estado.
Conforme o Climatempo, o frio desta semana vai bater recordes e atingirá todos os estados da região Centro-Oeste. A massa de ar polar vai atuar com força sobre o oeste e sul de Mato Grosso do Sul devendo causar geada. A previsão é que a geada ocorra nos dias 23 e 24 de julho. A partir do dia 25 de julho, a temperatura terá rápida elevação com o afastamento do ar polar intenso.
Na Capital, os termômetros tiveram queda de 10º C graus neste domingo, de 26,1º C, por volta das 10h da manhã, para 16,4º C no final da tarde. A previsão é de que as temperaturas continuem caindo.
Na terça-feira, os moradores de Itaporã deverão enfrentar sensação térmica de temperaturas abaixo de zero. Oficialmente, os termômetros vão marcar 4º C na terça-feira e 3º C, na quarta-feira. A máxima deverá ficar em torno dos 14º C.
Por: Rogério Crespo
A situação mais crítica será nos municípios localizados na região sul do Estado, como Ponta Porã, Amambai, Paranhos, Tacuru e Sete Quedas. Os moradores desses municípios vão enfrentar frio intenso de 3º C na segunda-feira.
Em Santa Catarina, o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Ciram) alerta ainda para a possibilidade de "geada negra" no estado. Esse fenômeno raro resulta da combinação de ar extremamente frio e seco com ventos de intensidade moderada a forte. Isso pode acarretar o congelamento interno das plantas.
"Quando há umidade, a água forma cristais de gelo. Quando o ar está seco, porém, as plantas não ficam esbranquiçadas, elas queimam e morrem", explica o engenheiro agrícola Jurandir Zullo Junior, da Unicamp. "Como as plantações ficam escurecidas, surgiu o nome de geada negra."
Um episódio ocorreu no Paraná e Mato Grosso do Sul em 1975, e teve consequências econômicas e sociais devastadoras, dizimando as plantações de café e provocando um intenso êxodo rural.
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