Politicas Preventivas de Combate as drogas

Helder Maia fala sobre os malefícios das Drogas e Energéticos em Audiência Pública

Por: Rogério Crespo

Sabemos que o Brasil vive um período dramático em relação ao consumo de drogas. Se o jovem começa pela aparentemente inocente maconha, logo poderá estar às voltas com pragas piores, como o crack e a cocaína.

Nesta última sexta-feira (08), durante a Audiência Publica “Políticas Preventivas de Combate as Drogas”, o Delegado de Polícia Aposentado e atual presidente do diretório municipal do PTB de Itaporã, Helder Guimarães Maia discorreu sobre o perigo eminente das drogas que assolam o país.

Após ter acompanhado de perto por muitos anos, enquanto estava na ativa, o sofrimento de muitos jovens e seus familiares, Helder Maia definiu como “droga” qualquer substância e/ou ingrediente utilizado em laboratórios, farmácias, tinturarias, etc.; um pequeno comprimido para aliviar uma dor de cabeça ou até mesmo uma inflamação, é uma droga. Contudo, o termo é comumente empregado a produtos alucinógenos ou qualquer outra substância tóxica que leva à dependência como o cigarro e o álcool, que por sua vez têm sido sinônimo de entorpecente.

Já as drogas psicoativas são substâncias naturais ou sintéticas que ao serem penetradas no organismo humano, independente da forma (ingerida, injetada, inalada ou absorvida pela pele), entram na corrente sanguínea e atingem o cérebro, alterando todo seu equilíbrio, podendo levar o usuário a reações agressivas.

Ainda em seu discurso o Delegado disse que entre as drogas que mais fazem sucesso entre os jovens – e também que mais matam – estão as drogas “lícitas” como o álcool e o tabaco. No entanto, o Brasil registra altos índices de usuários em todas as outras drogas, sobretudo as chamadas ilícitas como maconha, cocaína, ecstasy e crack.

O crack, por exemplo, tem se tornado a droga mais destruidora de vidas e famílias na atualidade. Por viciar de forma muito rápida e transformar o ser humano em verdadeiro zumbi, o crack já atingiu todas as classes sociais e centros urbanos. Primeiro, pelo preço convidativo, assume características de epidemia e traz danos físicos e psíquicos lamentáveis, como sequelas no pulmão, no coração, no sistema nervoso, na perda da fome e do sono, além de outras lesões que surgem rapidamente no organismo dos seus usuários, hoje vistos a céu aberto nas cidades brasileiras. É caminho certo para a morte precoce.

“Sabemos que no Brasil ainda não há muito investimento do governo em recuperar essas pessoas. O sistema público de saúde não possui infraestrutura para acolher e tratar os viciados em drogas, ficando esta tarefa para clínicas particulares – na sua maioria de cunho religioso – no tratamento de dependentes químicos”, enfatizou Helder Maia.

O Delegado chamou a atenção do público presente, para um hábito comum entre os jovens, mas arriscado: tomar bebida alcoólica com energético. Segundo sua recente pesquisa, a mistura potencializa o risco de arritmias, pois as duas substâncias “irritam” o músculo do coração (o miocárdio). Ele afirma, ainda, que há casos descritos nos Estados Unidos de adolescentes que, após ingerirem energéticos, desenvolveram taquicardias que precisaram ser revertidas nos hospitais.

Segundo ele já vários motivos apontados pelos consumidores para se misturar as bebidas. Entre eles, disfarçar o gosto do álcool (principalmente no caso de destilados), além de esticar a balada. Por ser estimulante, o energético carrega o mito de anular os efeitos depressivos do álcool, o que é verdade em parte porque a bebida reduz a sensação de sonolência, mas os reflexos continuam mais lentos sob o efeito do álcool.

Os perigos que as bebidas energéticas podem apresentar são: doenças no fígado, enxaquecas, tumores cerebrais. Quando essa bebida for ingerida se faz necessário que o indivíduo não pratique exercícios físicos (pelo fato de a bebida já acelerar os batimentos cardíacos). Os energéticos também, como a cafeína possuem variados componentes como: A taurina, A Glucoronolactona, as vitaminas (em geral), e os carboidratos. Por isso se faz necessário que haja moderação no uso desse tipo de energético, para que mais tarde não ocorram prejuízos com a saúde.

Helder Maia recomenda que a informação é a maior arma contra o problema. “É essencial conhecer o que é energético, suas propriedades, o que é considerado um excesso de consumo. E conversar com os filhos sobre isso, informar-se primeiro para depois informar o filho”, aconselha o delegado.

Em suas considerações finais Helder Maia ressalta que é preciso lembrar que o preço pode ser caro demais. Recentemente, pediatras americanos anunciaram que, nos últimos anos, já foram registrados mais de 2,5 mil casos de internações e atendimentos por intoxicação por cafeína em menores de 19 anos. E já que essa associação é prática comum e permitida, por enquanto não há outro jeito: quem deve ficar alerta e moderar na dose é o consumidor!

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