ITAPORÃ

Itaporã nunca teve Ambulância UTI Móvel

Em nota à imprensa, o gerente municipal de saúde Dogmar Petek, informou que foram retirados os adesivos da ambulância que servia o Hospital Municipal com a nomenclatura de UTI móvel.

Segundo Dogmar esta ambulância não oferecia os requisitos necessários para ser uma UTI móvel, sendo assim, o prefeito Marcos Pacco determinou a retirada dos adesivos, ficando apenas como uma ambulância normal. Esta ambulância foi adquirida em 2014 na gestão passada através de emendas parlamentar somando R$ 120 mil mais a contrapartida do município de R$ 19 mil, e foi apresentada para população como UTI Móvel, sem ter o mínimo de equipamentos que caracterizasse o veiculo como tal.

Para o conhecimento da população, uma Ambulância UTI Móvel, necessariamente tem que ter todo o equipamento que pode ser encontrado numa Unidade de Terapia Intensiva tradicional, permitindo que os socorristas tenham condições de um atendimento de qualidade para salvar vidas. Dessa forma, a ambulância deve estar em condições de locomoção e também possuir todos os itens fundamentais para o trabalho da equipe de profissionais do atendimento pré-hospitalar. Para ser configurada como UTI Móvel, deveria estar equipada com: Respirador ciclado a pressão ou volume não eletrônico, desfibrilador, monitor cardioversor com bateria e instalação elétrica disponível, sondas vesicais, coletores de urina com sistema de drenagem tipo fechado, protetores para eviscerados ou queimados, sondas nasogástricas, eletrodos descartáveis, equipamentos para drogas fotossensíveis e para as bombas de infusão, circuito de respirador estéril de reserva, equipamentos de proteção individual -EPIs - para a equipe de atendimento, cobertor ou filme metálico para conservação, campo cirúrgico fenestrado, almotolias com antisséptico, conjunto de colares cervicais e prancha longa para imobilização da coluna, cilindro de oxigênio portátil com válvula ou sistema de oxigênio medicinal entre outros.

Caso necessário transporte neonatal deverá contar com pelo menos uma incubadora de transporte de recém-nascido com bateria e ligação de tomada 12 volts ao veículo. A incubadora deve estar apoiada sobre carro com rodas devidamente fixadas dentro da ambulância, respirador e equipamentos adequados para recém-nascidos. Instalação de rede portátil de oxigênio com válvula, manômetro em local de fácil visualização e régua com dupla saída (sendo obrigatório que a quantidade de oxigênio permita ventilação mecânica por no mínimo 2 horas).

As ambulâncias precisam ter maletas, que facilitam o atendimento, organizando itens importantes para determinados tipos de atendimentos como: maleta de vias aéreas com máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de vários tamanhos, cateteres de aspiração, cateteres nasais, seringa de 200 ml, ressuscitador manual adulto/infantil com reservatório, sondas para respiração traqueal de vários tamanhos, luvas de procedimentos, máscara para ressuscitador adulto/infantil, lidocaína, laringoscópio adulto e infantil com conjunto de lâminas, estetoscópio, esfigmomanômetro adulto/infantil, cânulas orofaríngeas adulto/infantil, fios guia para intubação, pinças, bisturi descartável, cânula para traqueostomia e conjunto de drenagem torácica. Não possuindo todos estes itens, não pode ser considerada uma ambulância UTI.

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