A Gerência Municipal de Saúde informa que a cidade de Itaporã está com 7 casos confirmados de dengue e 39 notificados. De acordo com o Departamento Municipal de Controle de Endemias, somente onde há casos notificados da doença é que está sendo feita a borrifação e as pessoas devem abrir as janelas e portas quando o veículo de fumacê estiver passando.
O índice de infestação de dengue em Itaporã está em 1,97%, segundo o último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) feito no município. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera aceitável índice até 1%. Se apresentar índice entre 1 e 3,9%, o município é enquadrado em estado de alerta.
O último LIRAa da cidade, feito em janeiro de 2015, indicou infestação de 1,97%. Segundo Departamento de Controle de Endemias , o alto índice tem haver com o período de chuvas de verão. Em nível estadual, conforme o boletim epidemiológico relativo ao período de 8 a 14 de março, foram notificados 829 casos de dengue, sendo que desde o início do ano há 7.177 casos suspeitos da doença. Os dados têm como foco apresentar o panorama da doença no período analisado, sendo um instrumento de auxílio para a elaboração de estratégias, ações e interlocuções entre as equipes técnicas.
A estratificação de risco para os municípios usa como ponte de corte valores de referência das taxas de incidência calculada com os números absolutos de casos suspeitos divididos pela população residente de cada município vezes 100.000 habitantes. Assim, os municípios são classificados como de baixa incidência abaixo de 100 casos por 100.000 habitantes, moderada de 100 a 300 casos por 100.000 habitantes e alta incidência acima de 300 casos por 100.000 habitantes.
Prevenção
A exemplo do ano passado, a novidade para 2015 é o surgimento da febre chikungunya, que é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas da doença são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a dez dias.
A letalidade da chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), é rara, sendo ainda menos frequente que nos casos de dengue. A febre chikugunya não é transmitida de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após um período de sete dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus CHIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. Por isso, o objetivo é estar atento para bloquear a transmissão tão logo apareçam os primeiros casos.
Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as ações de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são exatamente as mesmas para a prevenção da dengue. O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana.
Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de dois a 12 dias para a febre chikungunya se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.
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