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Políticas públicas impulsionam associação de mulheres de Santa Terezinha

da Redação

No pomar de Maria Alves Costa, 53 anos, cerca de 30% da produção de goiabas apodreciam e acabavam no lixo, sem qualquer valor comercial. A fim de evitar o desperdício, ela e outras cinco vizinhas se juntaram e resolveram transformar a fruta em doce. “Cada uma de nós trouxe um pacote de açúcar de casa e começamos a trabalhar com panelas emprestadas”, lembra. Aos poucos aprenderam o ponto da goiabada, aumentaram o número de receitas e expandiram o negócio.

Fundada em 2006, a Associação de Mulheres Rurais e Empreendedoras de Santa Terezinha, localizada no município de Itaporã (MS), está quatro vezes maior e ampliou a produção incluindo outros itens como abóbora, quiabo, milho verde e mandioca. Para o desenvolvimento do projeto, as políticas públicas do Governo Federal para a agricultura familiar foram essenciais.

Em especial, a participação nos programas de compras públicas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa de Alimentação Escolar (Pnae), que são os principais mercados dos produtos da associação. “Estas ações são muito importantes para nós porque a venda é garantida e conseguimos escoar a nossa mercadoria a preço justo. Não perdemos nada da nossa produção”, explica Maria.

A venda assegurada tem refletido em melhorias na vida das famílias. Como Maria e o marido que compraram um veículo para transporte das frutas por meio do programa Mais Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e estão conseguindo pagar as prestações com o dinheiro da venda dos produtos para os programas de compras institucionais. Também instalaram um sistema de irrigação que ajuda a aumentar a produção e evitar perdas nos períodos de seca. Exemplos seguidos por outros integrantes da associação. “Vamos todos realizar o sonho de mandar os filhos para a universidade”, pontua.

Ampliação

O grupo ainda trabalha em um prédio emprestado, mas já se organiza para construir uma nova sede em um terreno doado pela prefeitura de Itaporã (MS). O prédio será importante para aumentar a produção, aliada à aquisição de novos equipamentos que serão adquiridos por meio do Programa Territórios da Cidadania. O projeto já foi aprovado pelo Conselho Territorial e está em processo de compra das máquinas.

A capacidade produtiva da agroindústria é de 200 kg por semana, o que ainda é insuficiente para aproveitar todas as frutas que não são vendidas in natura. “Com a despolpadora que temos, conseguimos processar 75 kg de goiabas por dia, a nova máquina trabalha com 750 kg de goiaba por hora. Não desperdiçaremos mais nada”, anima-se Maria

matéria editada com informações do ASSECOM/MDA

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