Itaporã

Sessão da Câmara de Itaporã “esquenta” e caso vai parar na delegacia de Polícia

Nicanor Coelho, de Dourados

Depois que a Câmara Municipal de Itaporã mudou o horário da sessão ordinária que acontece às terças-feiras do período noturno para as manhãs os ânimos dos vereadores “esquentaram” e o bate-boca desnecessário virou prática comum no plenário.

Como as sessões são transmitidas pelo rádio ao vivo chegam a durar até cinco horas e ai ficou instituído um palanque eletrônico mesmo distante da época de campanha eleitoral. O ápice desta disputa pelo controle dos microfones e dos “holofotes” chegou ao exagero culminando com um “caso de polícia” na sessão desta última terça-feira.

A sessão desta terça-feira estava em andamento quando foi suspensa pelo presidente por causa de um “aplauso” que uma eleitora que está na plateia direcionado a um vereador. Este fato foi o “embrião” de toda a confusão que acabou parando na Polícia Civil onde o servidor da Câmara, Michel Vaz registrou um boletim de ocorrência contra o vereador Juarez Barreto (PSDB) por difamação e ameaça.

Conforme o registro policial o vereador Juarez foi até a sala onde estava Michel e disse “Você não fica conversando comigo nos corredores, pois você é somente um funcionário, você é um vagabundo”. Depois de dizer isso o vereador tucano teria partido para agredir fisicamente Michel, mas foi contido por pessoas que estavam na Câmara.

Entenda como iniciou a confusão

Durante a sessão o vereador José Odair dos Santos, o Cascatinha, estava solicitando em seu discurso melhorias para a MS- 156 e uma senhora que estava no plenário aplaudiu o parlamentar, neste momento o vereador Lindomar de Freitas pediu a parte na fala de Cascatinha apoiando a solicitação do vereador e também foi aplaudido pela mulher.

O vereador Juarez não gostou da atitude da senhora e se levantou já alterado batendo na mesa, e solicitou que o presidente Adriano Martins colocasse ordem na sessão, de acordo com ele a senhora estava desrespeitando o Regimento Interno que diz que o auditório do Plenário não pode se manifestar. Juarez ameaçou chamar a Polícia Militar.

A mulher ficou sem entender e disse que não tinha conhecimento desse regimento e que bateu palma porque utiliza a MS-156 e sabe da necessidade de melhorias.

Cascatinha continuou seu discurso e disse que ficou muito triste de ver o vereador Juarez daquela forma repreender uma cidadã que não estava fazendo vandalismo e sim aplaudindo uma solicitação que só vai trazer benefícios para Itaporã.

O vereador Juarez também pediu aparte nas palavras do vereador Cascatinha e falou que se ele tivesse errado que o corregedor Andrezão o corrigisse. O vereador Andrezão fez o uso da palavra e disse que realmente o regimento interno deve ser respeitado, mas pediu que o vereador Juarez cuidasse o seu tom de voz, pois estava lidando com uma cidadã de bem e não com o bandido para já querer chamar a polícia.

Quando Andrezão foi se sentar em sua cadeira que fica próxima a do vereador Juarez, o parlamentar foi até ele e disse que tinha que zelar pelo regimento, pois estava estimulando o povo a fazer manifestação no plenário.

O corregedor da Câmara respondeu a Juarez que acima de tudo ele deveria respeitar o povo, pois foi o povo que o elegeu e a Casa de Leis é publica. Após essas colocações os parlamentares se exaltaram na discussão e foram segurados para não se agredirem fisicamente. Depois disso o Presidente, vereador Adriano Martins, encerrou a sessão e o vereador Juarez acabou “descontando” sua ira no servidor Michel.

com informações do MS Notícias

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