Justiça

Júri da Kiss: sobrevivente e testemunha de defesa são ouvidos no 4º dia; total de depoentes foi reduzido

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O julgamento do incêndio da boate Kiss deve ter mais duas pessoas ouvidas neste sábado (4), no Foro Central de Porto Alegre. Alexandre Marques, testemunha arrolada pela defesa de Elissandro Spohr, e Maike Ariel dos Santos, sobrevivente indicado pelo assistente de acusação, serão os depoentes.

Até o momento, seis sobreviventes, três testemunhas e um informante já passaram pelo plenário desde o início do júri. Como os depoimentos são longos e a previsão inicial de duas semanas não deve se confirmar neste ritmo, o Ministério Público propôs que cada parte reduzisse o número de testemunhas e vítimas a ser ouvidas.

A proposta foi apresentada em plenário, acordada pelas partes e autorizada pelo juiz Orlando Faccini Neto. Com isso, três testemunhas e um sobrevivente foram descartados e, no total, serão ouvidas 12 sobreviventes, 16 testemunhas e um informante.

O Ministério Público desistiu da testemunha Stenio Rodrigues Fernandes, mas a defesa de Elissandro Spohr solicitou que ele permanecesse. Portanto, abriu mão de escutar Roberto Carlos Meza Niella.

Já assistência de acusação abriu mão de ouvir a vítima Gustavo Cadore, e a defesa de Mauro Hoffmann desistiu de ouvir a testemunha Audrey Tessele Borin.

A advogada Tatiana Borsa, defensora de Marcelo de Jesus dos Santos, informou que já havia desistido de uma testemunha na fase processual e manteve as quatro já previstas. Luciano Bonilha Leão não tem testemunhas arroladas no processo.

Reveja os depoimentos das testemunhas:

Nesta sexta-feira foram ouvidas duas testemunhas, um informante e um sobrevivente.

O primeiro a ser ouvido foi o gerente da loja onde foram comprados os artefatos pirotécnicos que deram ao início ao incêndio na boate Kiss foi o primeiro a ser ouvido, nesta sexta-feira. Daniel Rodrigues da Silva disse que os artefatos Sputnik e Chuva de Prata, usados no dia do incêndio, não podem ser usados indoor, ou seja, dentro de locais fechados.

Segundo Daniel, o artefato foi comprado por um dos réus, Luciano Bonilha, produtor e auxiliar de palco da banda Gurizada Fandangueira. A nota fiscal de aquisição dos artefatos e do dispositivo que aciona eles foi apresentada no julgamento.

O gerente ainda afirmou que Luciano foi orientado sobre a utilização correta dos fogos. "O funcionário teve o diálogo com o Luciano, sempre instruímos". O fogo do tipo Sputnik deve ser acionado à distância e possui instruções na embalagem, detalhou o depoente.

Depois, ainda durante a manha, foi a vez de Gianderson Machado da Silva, funcionário de uma empresa de extintores de incêndio, que revisou os equipamentos usados na boate Kiss. Ele foi convocado pela acusação.

Durante a tarde, o júri ouviu o ex-patrão do vocalista da banda, Marcelo de Jesus, Pedrinho Antônio Bortoluzzi.

O músico trabalhou para uma empresa de construção de propriedade da testemunha na colocação de azulejos. Segundo a defesa de Marcelo, Pedrinho Antônio Bortoluzzi não comenta sobre o incêndio, mas sobre a conduta do réu.

"O que ele me disse chorando é que ele jamais acenderia aquele fogo se ele tivesse imaginado que aquilo se ele tivesse imaginado que aquilo poderia acontecer", afirmou.

 

 

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